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14/09/2017 - 13h14min

Deputados governistas criticam imprensa e culpam União por crise na saúde

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Deputado Darci de Matos, líder do governo na Alesc, afirmou que imprensa tem feito sensacionalismo com a crise na saúde

Os deputados que apoiam o governo Colombo acusaram a imprensa barriga-verde de fazer sensacionalismo com os problemas da saúde e culparam o governo federal pela crise. “Enquanto o Rio Grande do Sul faliu e o Rio de Janeiro fechou suas portas, Santa Catarina paga em dia, antecipou 50% do 13º e mantêm os serviços essenciais de maneira racional. A imprensa tem sido sensacionalista, a dívida da saúde é R$ 508 milhões, não de R$ 800 milhões, então alguém mentiu e ‘sensacionalizou’”, afirmou Darci de Matos (PSD) na sessão desta quinta-feira (14) da Assembleia Legislativa.

Jean Kuhlmann (PSD) responsabilizou a União pela crise. “O governo federal deve R$ 300 milhões para o Estado, se repassasse o que deve a grande maioria dos problemas seria resolvido”, garantiu o deputado, que elogiou a coragem do chefe do Poder Executivo. “O governador quer fazer gestão, se vendesse os ativos do Prodec os problemas estariam resolvidos, mas estes ativos pertencem ao Estado”, argumentou.

Milton Hobus (PSD) lembrou que a gestão da saúde é tripartite, ou seja, é de responsabilidade da União, dos estados e dos municípios. “Rio do Sul, Chapecó, Joinville têm gestão plena, então esses municípios têm de oferecer (os serviços de saúde), não o Estado. É uma mentira dizer que a culpa é do Governo do Estado de Santa Catarina, antes de botar a culpa em alguém, vamos nos unir”, advertiu o ex-prefeito de Rio do Sul.

Serafim Venzon (PSDB) alertou os colegas que os hospitais privados são as maiores vítimas da má gestão no setor. “O Estado deve R$ 508 milhões, mas deve para quem? Deve para os prestadores de serviços, para os fornecedores e para os hospitais particulares, não deve para os hospitais públicos, mas se não pagar, para 70% do atendimento”, avisou Venzon.

Dirceu Dresch (PT) lembrou a responsabilidade dos ex-secretários de Saúde. “O que vimos dos depoimentos (dos ex-secretários) é que ‘na minha época não existia problema’, estavam escondendo a dívida, a Secretaria de Estado da Fazenda (SEF) não está passando à Secretaria de Estado de Saúde (SES) os 13% todos os meses e daí o buraco cada vez fica mais profundo. Não dá para continuar mascarando os problemas”, opinou Dresch.

César Valduga (PCdoB) sugeriu ouvir as comunidades. “Propomos uma audiência pública em Chapecó para buscar resolutividade, são mais de 13 anos sem atualização da tabela SUS, é o mínimo que o governo federal pode fazer, imagine um hospital filantrópico que precisa fazer investimentos”, ponderou Valduga.

Ana Paula Lima (PT) ironizou as criticas ao governo federal feitas pela bancada do PSD. “Que saudades da presidente Dilma Rousseff, ela fez muito pelo governo de Raimundo Colombo e agora Santa Catarina está sofrendo porque os recursos não estão vindo”, declarou Ana Paula.

Para Neodi Saretta (PT), “faltam repasses financeiros”. Já Maurício Eskudlark (PR) destacou o crescimento da receita do Estado e creditou à crise à má gestão. “A arrecadação triplicou nos últimos dez anos e o Estado está em situação lamentável, então, nestes últimos anos, houve muita coisa errada”, finalizou o parlamentar.

Morte de policiais
Mário Marcondes (PSDB) lamentou a morte de policiais pelas facções que controlam o narcotráfico. “Cada tiro que alvejar um policial militar é um tiro dado contra o governo do Estado, contra a sociedade, se tornando um sinal de fraqueza”, avaliou Marcondes.

Para o deputado, a sociedade está vulnerável. “A bandidagem não tem mais limite, se não adotarmos posições sem limites também, não vamos dar conta desta turma, tem de botar vagabundo a trabalhar e no isolamento, quartinho 2x2 e mais nada”, propôs o representante de São José.

Dirceu Dresch discordou. “Colocar policial disputar com bandido é um erro, nos bairros quem está presente é a criminalidade, lá o Estado perdeu este espaço”, declarou o representante de Saudades, que criticou o bordão de que bandido bom, é bandido morto. “A criminalidade se combate com políticas preventivas, não queremos ver policial morrendo, mas não podemos cair no erro de matar tantos jovens como está acontecendo aqui, foram mais de mil em 2016, que estado é este, para onde vamos?”, questionou Dresch.

PRF na Via Expressa
Mário Marcondes fez um apelo ao comando da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para que reveja as blitzes diárias realizadas na Via Expressa (BR-282), em Capoeiras, na Capital. “Está ficando um negócio enjoado, todos os dias fazer aquela blitz no meio da Via Expressa, causando uma irritação em quem passa, sou paciente, mas não tem jeito, hoje levei 1h25m da via Expressa até a Alesc”, justificou.

Livre exercício da profissão
Altair Silva (PP) defendeu a criação de um conselho federal para os técnicos agrícolas e industriais, atualmente vinculados aos conselhos regionais de engenharia e arquitetura (Crea). “Hoje vivemos na idade da pedra, os técnicos tem direito de votar e não de ser votado, participamos em conselho que não temos direito a ter membros, a única coisa que os técnicos podem fazer é pagar a anuidade, as ARTs e serem perseguidos pelo Crea”, reclamou Altair.

Falta vistoria técnica
Altair Silva informou que o processo de transformação do Hospital Regional Lenoir de Vargas Ferreira, em Chapecó, em hospital universitário depende apenas de uma visita técnica. “Os pré-requisitos foram atendidos, falta uma vistoria técnica”, garantiu Altair, que lembrou que na cidade funcionam dois cursos de medicina e que o estado investiu cerca de R$ 50 milhões na construção de uma nova ala no hospital.

Promessas não cumpridas
Jean Kuhlmann cobrou do governo federal o cumprimento de acordo celebrado com a comunidade Xokleng (Lãklaño), de José Boiteux. “O ministro-chefe da Casa Civil fez uma promessa para o povo do Vale do Itajaí de que em quatro semanas faria uma reunião para tratar de um acordo com a comunidade indígena, são 11 pontos, oito de obrigação do governo federal”, indicou Kuhlmann, que pediu a ajuda da imprensa para pressionar o governo de Michel Temer. “Quando vier uma nova enchente, daí vão lembrar do acordo que não estão cumprindo”.

Rodovia Antonio Heil
Eskudlark registrou na tribuna que os moradores dos bairros Limoeiro, de Itajaí, e Planalto, de Brusque, estão reivindicando a construção de um elevado sobre a rodovia Antonio Heil, atualmente em obras de duplicação. “O projeto foi feito sem debate, sem verificar onde precisava viaduto, os bairros foram divididos, cortados ao meio e os moradores precisaram entrar na Justiça para conseguir uma audiência pública”, informou o deputado.

Vítor Santos
Agência AL

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