Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
21/10/2014 - 15h31min

Deputados destacam mudança de mentalidade em relação ao meio ambiente

Imprimir Enviar
O presidente da Assembleia, deputado Romildo Titon e o segundo vice-presidente, Padre Pedro. FOTOS: Carlos Kilian/Agência AL

Os parlamentares destacaram  na sessão desta terça-feira (21) a mudança de mentalidade em relação ao meio ambiente ocorrida nas últimas décadas. “Eu achava o mangue um lodo, que cheirava mal e questionava por que não aterrar tudo”, confessou Kennedy Nunes (PSD), que elogiou a professora Aparecida Cestari, do CEI Odorico Fortunato, de Joinville, que conquistou a 17ª edição do prêmio Educador Nota 10, com aulas sobre a preservação dos mangues e o papel deles como berçário dos oceanos.

Sargento Amauri Soares (PSOL) comemorou a “mudança de opinião acerca das questões ambientais” e revelou que na época em que plantava fumo, no interior de Imbuia, o mesmo era secado exclusivamente com fogo a lenha. “Temos uma dívida histórica”, reconheceu. Kennedy lembrou do tempo de repórter da RBS e, da tribuna, pediu o testemunho do servidor Leo Borba, que era chefe do deputado na redação de Joinville, sobre várias reportagens feitas sobre os manguezais da baía da Babitonga.

Soares ainda lembrou de relato que ouviu de importante autoridade catarinense sobre como era o acesso à praia nos Emirados Árabes. “Sabe como é Dubai? Sai do quarto, pega o elevador, chega lá embaixo e tem um carrinho que leva a vivente até a água do mar. Não precisa colocar o pé na areia para entrar no mar. E isso contado como se fosse o suprassumo do desenvolvimento”, ponderou Soares.

O representante do PSOL aproveitou para criticar o uso cogitado para o Ponta do Coral, na avenida jornalista Rubens de Arruda Ramos, em Florianópolis. “Perguntam se querem um local abandonado, com vândalos, fogo e drogas, ou com uma marina magnífica um hotel espetacular”, relatou Soares, rejeitando em seguida as duas alternativas. “Queremos um local de passeio para toda a comunidade, não apenas para uma elite de 5% que usufruirá do hotel maravilhoso e da marina espetacular”, argumentou.

Microcrédito
Dirceu Dresch (PT) ressaltou a aprovação do PL 220/14, que estabeleceu o Programa Catarinense de Microcrédito. “Foi a partir de um amplo debate sobre o simples nacional, em que um dos itens tratava do financiamento aos microempreendedores”, revelou Dresch, acrescentando que o assunto voltou com força em 2014.

“Com certeza não é o que precisamos, mas é um passo significativo”, avaliou o deputado, que destacou o fundo de aval. “Os bancos não emprestam sem garantias, mas com o fundo garantidor até o juro é reduzido”, afirmou Dresch, que lembrou uma novidade da lei. “É o acompanhamento do empreendimento por parte das instituições, se a instituição não tiver como acompanhar, não poderá emprestar”, esclareceu o representante de Saudades.

Leite adulterado
Dresch também abordou na tribuna os casos de leite adulterado flagrados pela fiscalização, principalmente no Oeste. “Primeiro foi em Ponte Serrada, depois Mondaí e ontem em várias pequenas empresas do estado, inclusive uma delas de propriedade de um deputado suplente desta casa”, denunciou Dresch. Para o parlamentar, “quem vai sofrer as consequências são aqueles que trabalham direitinho”.

Sargento Soares argumentou que a forma como está organizada a produção e a distribuição do leite é irracional. “Não é para aumentar a quantidade que adicionam soda cáustica ou água oxigenada, é para manter o leite sem talhar, porque é transportado até 700 km”, informou. Para o deputado, não sabemos com clareza o que comemos e bebemos. “Estamos confiando na livre iniciativa, faz mal para a saúde, mas é uma imposição para aquela empresa em um mercado competitivo”, lamentou o parlamentar.

Ponte Hercílio Luz
Soares também lamentou a notícia de que o governo do estado vai contratar, em caráter emergencial, uma empresa para manter em pé o cartão postal de Santa Catarina. “Está fechada desde 1982”, lembrou, enfatizando a falta de planejamento de sucessivos governos.

Soares defendeu o uso da ponte Hercílio Luz e das áreas adjacentes como estrutura de lazer. “A ponte não deve ser recuperada para trânsito de veículos”, defendeu, ironizando o fato de que o governo anunciou para dezembro deste ano a liberação para tráfego de veículos.

Áreas de restinga
Darci de Matos (PSD) comemorou a reversão da decisão de primeiro grau da Justiça catarinense que estabelecia que toda área plana na beira do oceano Atlântico era restinga. “Qualquer leigo sabe que a área de restinga é estabilizadora dos mangues e fixadora das dunas, ponto”, declarou Darci.

Segundo o deputado, vários parlamentares e o setor produtivo de Joinville foram mobilizados e convenceram o Tribunal de Justiça a reverter a decisão. “Foi suspensa a decisão, a Fatma já pode expedir licenças dentro dos parâmetros legais”, comemorou o representante do Norte catarinense.

Fim dos ataques
Maurício Eskudlark (PSD) denunciou o caráter político dos ataques perpetrados por marginais contra delegacias, bases da PM e até casas de policiais. “Um mascarado, decapitador extremista, disse em um vídeo que os ataques antes das eleições foram motivados pela firmeza com que os órgãos de segurança têm enfrentado o crime”, especulou Eskudlark, que criticou a tentativa de influir na eleição.

Pedágio em Bombinhas
Eskudlark também criticou a introdução de pedágio para acessar o município de Bombinhas, na chama Costa Esmeralda. “Para proteger o meio ambiente uma empresa ganharia em dois anos R$ 6 milhões para administrar o pedágio, o mais absurdo que ouvi falar”, opinou o parlamentar, que elogiou o Ministério Público, que “já entrou com uma ação contra a cobrança”.

Contorno viário da Grande Florianópolis
Reno Caramori (PP) informou que sua assessoria entrou em contato com a Funai sobre reuniões marcadas para os dias 22 e 23 de outubro, em que serão discutidos os interesses das comunidades indígenas que habitam o local. “Em um primeiro momento não será permitida a presença de estranhos, somente indígenas, a Funai e representantes da Autopista Litoral Sul, mas no segundo momento os órgãos públicos e a comunidade poderão participar”, declarou.

Mulheres no Pronaf
Luciane Carminatti (PT) comemorou o fato de que cerca de 160 mil mulheres acessaram créditos do Pronaf para a safra 2014/15. “São R$ 1 bi em crédito, 33% maior que o solicitado nos primeiros meses da última safra”, relatou a deputada, argumentando que o sexo feminino “está se apropriando do programa para ampliar a produção e a produtividade na agricultura familiar”.

Dia 21 de outubro na história catarinense
1893 – Moção da Assembleia Legislativa, desta data, autorizou o governo do estado de Santa Catarina a abrir créditos e praticar outras medidas necessárias a sustentação do movimento revolucionário contra o poder central, exercido com mãos-de-ferro por Floriano Peixoto, primeiro vice-presidente e segundo presidente da República Federativa do Brasil.
1904 – Circulou, em Urussanga, o primeiro número da revista  ítalo-brasileira “Il Colono”. Era bilíngue e mensal.

Vítor Santos
Agência AL

Voltar