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24/11/2020 - 17h54min

Deputados denunciam perseguição na PM e alertam para estiagem no Oeste

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FOTO: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL

Integrantes das bancadas do PSD, PL, PT e PDT denunciaram perseguição na Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) e alertaram para o agravamento da estiagem que assola o Oeste na sessão de terça-feira (24) da Assembleia Legislativa.

Kennedy Nunes (PSD) denunciou perseguição do Comando da PMSC a policial militar que, convidado pelo deputado Carlos Humberto (PL), apresentou à governadora interina Daniela Reinehr as reivindicações dos excedentes do último concurso para oficial da PMSC.

“O deputado pediu para que um dos líderes fosse lá para explicar melhor, quando começaram a reunião o Comandante da PMSC disse que não, que era uma decisão dele. Mas covardia foi o que fez logo ao sair de lá: o rapaz de uma hora para outra foi transferido para a Cochinchina, isso é uma vergonha, um desrespeito ao Parlamento”, avaliou o representante de Joinville.

Kennedy avisou o Comando da corporação que investigará a Associação Barriga-Verde de Oficiais.

“Vou dar uma fuçada, acho que tem de chamar esses camaradas na Comissão de Segurança Pública, só uma empresa faz todos os certames da PMSC?”, questionou.

Sargento Lima (PSL) concordou com o colega.

“Cursinhos preparatórios também. E quem são os professores?”, perguntou Lima, que lembrou de casos de respostas e título de redação vazados nos últimos concursos da PMSC.  “Conte comigo”, declarou.

Já o deputado Padre Pedro Baldissera (PT) lembrou a passagem do dia do rio, celebrado neste 24 de novembro, e lamentou o agravamento da seca no Oeste

“Uma das piores estiagens dos últimos 50 anos, sem dúvida nenhuma, é muito simbólica. Temos 22 rios em situação de estiagem grave, sendo 12 em emergência completa, quase sem água; seis na condição de alerta; e quatro em situação de atenção”, relatou o parlamentar, que acusou os governos de “omissão histórica”.

Padre Pedro fez um apelo ao Parlamento, ao Executivo e às entidades empresariais para o estado avançar em medidas efetivas de preservação e de mitigação emergencial dos impactos da seca.

“As manifestações são desesperadoras, os prejuízos muito grandes com a redução da qualidade das pastagens e do peso dos animais. Cerca de 80% da produção de leite está na região”, ponderou o representante do PT.

Maurício Eskudlark (PL) também alertou para as consequências da seca serra acima.

“A preocupação é muito grande, a Assembleia ofereceu a oportunidade de construir um processo para diminuir as dificuldades nesses momentos de falta de chuva. Autorizou um empréstimo de R$ 829 mi para construir até cinco mil cisternas no estado, imagine a possibilidade de armazenamento de água que teríamos, infelizmente naquele governo não aconteceu e continuamos nessa situação”, argumentou Eskudlark, referindo-se ao governo Raimundo Colombo.

O deputado criticou a inércia do atual governo e cobrou agilidade da governadora interina.

“O governo está falando, mas não está fazendo. Ela já foi a Brasília por causa da estiagem e onde estão as ações concretas? A governadora faz visita de cortesia, mas não faz nenhuma ação prática, zero de ação para todo o Oeste”, avaliou o ex-líder do governo, que sugeriu a criação de uma comissão para acompanhar a estiagem.

Paulinha (PDT) foi além e convidou os colegas para subscreverem a criação de uma frente parlamentar pela disponibilidade hídrica.

“Os investimentos precisam alcançar o cidadão. No momento pós-pandêmico, ainda que agora vivamos um surto que exige mais cuidados, teremos pautas estratégicas e a defesa da disponibilidade hídrica é uma das maiores bandeiras. Convido-os a subscrever a criação da frente”.

Consórcios intermunicipais
Padre Pedro noticiou o protocolo de projeto de lei instituindo um fórum para auxiliar e discutir com os gestores municipais a criação de consórcios públicos intermunicipais.

“Os consórcios intermunicipais são responsáveis por avanços em diversas áreas, eles promovem a cooperação entre as cidades, resolvendo problemas comuns e reduzindo os custos. O objetivo do fórum é dar suporte à criação dos consórcios e debater os casos de sucesso”.

Linguagem neutra
Ana Campagnolo (PSL) anunciou o registro de projeto de lei que prevê medidas protetivas ao direito dos estudantes de aprender português de acordo com a norma culta.

Segundo a deputada, a língua portuguesa, que, como qualquer outra sofre transformações ao longo do tempo, está sob ataque daqueles que defendem o uso de pronomes neutros como “elis” e “nile” em substituição aos pronomes “eles” e “nele”, por exemplo.

“Algumas instituições públicas estão adotando o pronome neutro e uma escola brasileira já está adotando essa linguagem da pauta feminista e LGBT”, afirmou Ana.

Alerta para  o TRE
Paulinha pediu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SC) que reavalie a diminuição do número de urnas no município de Bombinhas.

“Temos 44 seções, em cada seção uma urna, todas com número significativo de eleitores. Em tempos pandêmicos, quando devíamos ter mais urnas, tivemos o inverso e vivi pela primeira vez uma fila interminável e indigesta, na qual uma série de eleitores acabaram desistindo do direito ao voto. Foram 13 urnas a menos”, justificou Paulinha.

Segunda onda do coronavírus
Ada de Luca (MDB), Milton Hobus (PSD) e José Milton Scheffer (PP) destacaram o aumento de casos da Covid-19 no estado e apresentaram sugestões ao Executivo sobre como fazer a gestão do vírus até que contaminados e vacinados somados ultrapassem 70% da população.

“De uma semana para cá tivemos aumento de 52% no Sul, assustador, um cenário que está se repetindo em todo estado. Até pessoas jovens sentem de forma grave os sintomas desse maldito vírus, o que dizer das pessoas que estão no grupo de risco? Nesse caso a consequência pode ser extrema, só não enxerga quem é cego”, afirmou Ada, que sugeriu a realização de uma audiência pública, testagem em massa e isolamento inteligente.

“Hoje temos um melhor controle da doença, os protocolos de tratamento melhoraram, embora os governos orientaram muito pouco quanto à necessidade de se tratar preventivamente, de cuidar da imunidade, mas o cidadão fez isso, por isso temos tantos casos, mas com mortalidade tão baixa. São mais casos de enfermaria e isso tudo a nossa rede tem capacidade de atender”, avaliou Hobus, indicando que no caso das UTIs desativadas, “basta reativar”.

Hobus citou a situação dos hotéis, atualmente limitados a 60% da capacidade nas regiões com risco grave para Covid, indicadas pela cor laranja.

“Se dezembro estiver vermelho (risco gravíssimo), só poderá 30%. Como a economia vai andar? Em Piratuba fecharam novamente o balneário, acabou com a vida”, declarou o representante de Rio do Sul, que sugeriu a adoção do modelo italiano de isolamento social: após o horário de trabalho.

“O contágio continua ativo, mas com alto índice de recuperação, isso reflete o quanto estamos aprendendo a lidar com a doença, adotando os protocolos indicados e com suporte de uma rede eficiente e eficaz, seja o pequeno hospital no interior ou no grande hospital”, relatou Scheffer, acrescentando que hospitais de Joinville, Florianópolis, Itajaí, Balneário Camboriú, Imbituba e Criciúma estão com UTIs lotadas.

Scheffer elogiou os 183 hospitais filantrópicos pela parceria com a população catarinense e cobrou do governo do estado agilidade nos pagamentos e do governo federal rapidez na habilitação dos leitos de UTI.

Volta às aulas
Bruno Souza (Novo) comemorou decisão do Tribunal de Justiça de revogar liminar que havia suspendido o retorno às aulas presenciais em Santa Catarina.

“O TJSC derrubou a liminar, o sindicato da rede estadual não conseguiu comprovar que o retorno teria riscos às crianças e à sociedade. Hoje quem defende o não retorno está defendendo uma posição política e sindical”, analisou Bruno.

O representante de Florianópolis propôs desvincular as aulas presenciais da matriz de risco e defendeu o uso de uma ferramenta do Imperial College London para calcular as atividades que devem fechar antes das escolas no caso de uma escalada de mortes.

Mapa da adoção
Fabiano da Luz (PT) solicitou ao Executivo um mapa da adoção no estado e lamentou o grande número de crianças negras que esperam pela adoção nas casas de abrigo.

“É alta a taxa de crianças negras que aguardam por uma família, correspondem à metade das cerca de cinco mil crianças aptas para adoção no país”, revelou Fabiano, explicando em seguida que meninos acima de três anos e crianças com irmãos têm menores chances de adoção.

“Os interessados são sete vezes o número de órfãos, mas buscam um recém nascido, branco e saudável, muito distante da realidade dos abrigos”, lamentou Fabiano.

 

Vítor Santos
Agência AL

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