Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
24/02/2015 - 17h31min

Deputados aderem à pauta dos caminhoneiros e sugerem subsídio ao diesel

Imprimir Enviar

Os deputados catarinenses aderiram à pauta dos caminhoneiros e sugeriram ao governo federal o subsídio do diesel durante a sessão ordinária da tarde desta terça feira. “A redução do preço do diesel seria um gesto inicial, as outras situações continuariam em negociação”, ponderou Maurício Eskudlark (PSD), referindo-se aos outros itens da pauta, como preço mínimo do frete vinculado à oscilação do barril do petróleo, moratória de um ano nos financiamentos de caminhões, aposentadoria especial aos 25 anos e sanção sem vetos da chamada Lei do Descanso.

Luciane Carminatti (PT), líder da bancada do Partido dos Trabalhadores, declarou que se somava à luta dos caminhoneiros, mas cobrou a contrapartida do governo estadual, que arrecada 12% sobre o preço dos combustíveis via ICMS. “Não podemos tratar a pauta como responsabilidade apenas do governo federal”, avaliou Carminatti, que pediu o auxílio dos colegas para identificar líderes para negociar em Brasília. “O governo quer dialogar, mas com quem”, perguntou a representante de Chapecó.

Mauro de Nadal (PMDB) lembrou à deputada que a atual paralisação não é um movimento profissional. “Reconheço a dificuldade, é uma aglutinação de pessoas”, definiu o parlamentar, que conversou com caminhoneiros parados em São Miguel do Oeste e verificou que a adesão ao movimento foi espontânea.

Kennedy Nunes (PSD) também dialogou com caminhoneiros. “As empresas terceirizaram o transporte, é mais barato, venderam a frota para os próprios funcionários”, explicou o parlamentar, indicando que se trata de autônomos, não apenas motoristas de grandes empresas. “Um frete de Joinville a Recife (PE), com volta até São Paulo e depois a Joinville paga R$ 10 mil, mas 47% desse valor, R$ 4,7 mil, são gastos com diesel e pedágios”,  descreveu Kennedy, acrescentando que o restante banca despesas com pneus, manutenção, seguro e salário. “O caminhoneiro está louco da vida, não entende como em outros países o barril do petróleo baixou e aqui o diesel custa três reais”. 

Fernando Coruja (PMDB) também reconheceu que a maioria dos motoristas parados são autônomos. “Eles precisam sustentar a família e sobreviver”, observou Coruja, que criticou o governo federal por não ter tratado da crise econômica no tempo certo. “Em determinado instante se entendeu que (a crise internacional) era uma marolinha, que não ia atingir o Brasil, mas o país foi atingido fortemente, agora os governos precisam achar soluções, os problemas estão apenas começando”, avisou o representante de Lages. “Dia 15 de março vai haver uma grande manifestação, as pessoas estão ansiosas, preocupadas com o destino do país, que parece estar caminhando para um destino ruim”, previu Coruja.

Mauro de Nadal e Darci de Matos (PSD) avaliaram a trajetória dos preços do diesel. “Em 2013 o litro do diesel comum custava R$ 2,23, agora em 2015 custa R$ 2,75, um aumento de 23%, bem acima da inflação, que foi de 12,4% nesses dois anos”, comparou Nadal.  Já Darci informou que em 1996 o preço de um litro gasolina equivalia a 3,5 litros de óleo diesel. “Hoje praticamente está equiparado”, declarou Darci, acrescentando que entre 2000 e 2009 a gasolina sofreu reajuste de 93%, enquanto o diesel foi reajustado em 292%. “Uma irracionalidade que impacta diretamente no preço da cesta básica”, lamentou o representante de Joinville.

Dirceu Dresch (PT) também defendeu o movimento dos caminhoneiros, mas ponderou que a paralisação não pode prejudicar a agricultura familiar. “Ontem e hoje o leite ficou nas propriedades”, deplorou o deputado, que sugeriu que a Casa Civil da Presidência da República assuma as conversações. “O caminho é a negociação”, afirmou Dresch, desestimulando entretanto a associação dos caminhoneiros com impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Isso não ajuda movimento nenhum desse país”, avisou.

David Miranda

Kennedy Nunes destacou a morte do fundador da igreja “Deus é Amor”, David Miranda, ocorrida na madrugada de sábado (21), em São Paulo. “Uma voz, um tom que todos conheciam e reconheciam, ele fundou o ministério em junho de 1962, a igreja cresceu, hoje tem 22 mil templos no Brasil e no mundo, está presente em 116 países”, informou Kennedy.

Energia para Brusque

Serafim Venzon (PSDB) divulgou na tribuna reivindicação da Associação Comercial e Industrial de Brusque para que a Celesc agilize a implantação de uma subestação na região. “Estão procurando um terreno”, justificou Venzon, que defendeu a geração de energia a partir de pequenas hidrelétricas e aerogeradores.

MP 198

Dresch criticou o texto da Medida Provisória 198/15, que modifica a relação de trabalho entre o Estado e os ACTs, como são chamados os professores contratados em caráter temporário. “A MP transforma os ACTs em horistas, é uma discriminação, professores com a mesma formação e com remuneração diferenciada”, bateu Dresch, destacando que se trata de cerca de 19 mil trabalhadores.

Silvio Dreveck (PP), líder do governo, argumentou que a MP 198 é legal e constitucional. “Uma coisa é a contratação temporária, outra é o servidor efetivo. Este é regido pelo regime jurídico único, já a contratação temporária é regida por lei ordinária”, explicou Dreveck, defendendo assim a possibilidade de modificação da relação de trabalho via medida provisória.

Camboriú a Brusque

Leonel Pavan (PSDB) cobrou do Executivo uma solução para a estrada que liga Camboriú a Brusque, cujo asfaltamento foi prometido pelo governador. “Há uns três anos acompanhei o secretário da Infraestrutura, deputado Valdir Cobalchini (PMDB), ao Recanto das Bromélias, ele assumiu o compromisso em nome do governo de pavimentar a rodovia. Claro, o secretário depende da boa vontade do governador, mas alguns meses depois o governador foi recebido por dezenas de agricultores e reafirmou o compromisso”, lembrou Pavan, completando que na revista de campanha de Colombo a rodovia aparecia como obra em andamento. “Não foi nem licitada”, informou Pavan.

 

Dia 24 de fevereiro na história catarinense

 

1823 – Decreto imperial desta data eleva à condição de cidade a vila de Nossa Senhora do Desterro, capital da província de Santa Catarina

 

1849 – Lançamento da pedra fundamental  da capela de Nossa Senhora da Boa Viagem, na comunidade de Barreiros, em São José da Terra Firme

 

1923 – Circulou, em Joinville, o primeiro número de  “A Notícia”, jornal editado até os dias atuais

Vítor Santos
Agência AL

Voltar