Deputadas da nova legislatura destacam suas bandeiras para o mandato

Montagem sobre fotos de Luis Debiasi/Agência AL

Primeiras a serem diplomadas na noite de terça-feira (18), no Pleno do Tribunal de Justiça do estado, com a lembrança da Campanha “Elas podem, o país precisa”, pelo desembargador Ricardo Roesler, presidente do TRE-SC, as deputas estaduais falaram sobre suas propostas para o mandato que inicia em fevereiro de 2019.

A veterana na Assembleia Legislativa, deputada Ada Faraco De Luca (MDB), que também esteve à frente da Secretaria de Justiça e Cidadania por sete anos, declarou que suas propostas “são praticamente infindáveis, sempre em prol dos menos favorecidos pela sorte". Então, não é uma luta fácil.” Em relação à sua maior bandeira, Ada disse que a escola em período integral é a maior delas. “São bandeiras que buscam trazer melhorias para a sociedade.”

Luciane Carminati (PT), que vai para seu terceiro mandato como deputada estadual, afirmou que, primeiramente, vai dar continuidade a tudo o que já estava fazendo em defesa da educação e seus trabalhadores, em especial os professores, e ao enfrentamento à violência doméstica. “Além dessas ações, precisamos, também, avançar para tornar o estado mais equitativo e equilibrado. Temos ainda áreas com depreciação econômica e precisamos trabalhar para levar infraestrutura e equipamentos públicos que ainda são fundamentais e básicos para o desenvolvimento dessas regiões.”

O que propõem as novas eleitas

Marlene Fengler (PSD) ocupa pela primeira vez a cadeira de deputada estadual, mas já com experiência no setor público, tendo sido chefe de gabinete na Câmara dos deputados e no Senado e a primeira mulher a ocupar a chefia de gabinete da presidência na Assembleia Legislativa. Marlene também foi coordenadora da Escola do Legislativo e garante que “a ideia é trabalhar, principalmente, pela modernização da administração pública, pela gestão pública eficiente, e isso significa modernizar a legislação. Além disso, obviamente, vou trabalhar também pela agricultura (seus pais são agricultores), pela educação, mas sempre pensando na aproximação do cidadão com o parlamento e isso passa pela participação mais efetiva da população na construção das soluções. Essa eleição nos mostrou que o cidadão quer participar mais efetivamente da política como um todo.”

A ex-prefeita de Bombinhas, Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT), declarou que esse é seu primeiro e último mandato enquanto deputada estadual. “Não tenho ensejo de concorrer à deputada estadual de novo, mas quero dar o melhor de mim nesse tempo em que vou servir o nosso estado, nesse cargo. Tenho muita vontade de colaborar, de contribuir e compreendo que nossa missão não é individual. Precisamos saber construir com amor alternativas para reverberar o que o povo espera de nós.” Paulinha prometeu atuar com firmeza nas mais diversas pautas que chegarem à Alesc. “Tenho vínculos importantes com pescadores, com o povo da agricultura familiar, mas também quero contribuir no cenário do empoderamento das mulheres. Acho que é uma pauta mais do que emergente e precisa se reformar, inclusive nesse momento político. Penso que precisamos contribuir com tudo o que pudermos com esse governo que chega. Vou procurar aprender com quem tem mais experiência e buscar alternativas para fazer com que o poder enxergue as pessoas que estão nas cidades esperando por exames, consultas, mães que não têm vagas na creche para os filhos, comunidades que não geram emprego e renda e que estão sucumbindo no seu processo de desenvolvimento econômico. Enfim, quero ajudar a encontrar soluções para essas pessoas.”

A mais jovem deputada diplomada, Ana Caroline Campagnolo (PSD), revela que seu principal compromisso assumido com o eleitor na campanha é o da reforma educacional. “É um compromisso moral e também político a reforma educacional, em todo o nosso sistema de ensino público, principalmente para combater o que nós costumamos chamar de hegemonia esquerdista, visando também fortalecer ideias como a do projeto Escola sem Partido, mas essa com certeza não é nossa única pauta. Nós temos também interesse em participar das melhorias na saúde e na segurança pública e, principalmente, de desengessar os empresários, o cidadão que sofre com a alta carga tributária e com leis obsoletas e desnecessárias.”