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18/09/2019 - 18h57min

CPI ouve gestora de empresa dos EUA que trabalhou nas obras da Hercílio Luz

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FOTO: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL

A CSA Group, holding norte-americana que fez parte do Consórcio Florianópolis Monumento, criado em 2008 para a restauração da Ponte Hercílio Luz, teve desentendimentos técnicos e administrativos com a Construtora Espaço Aberto, outra integrante do consórcio, que levaram à sua retirada da empreitada. A informação foi confirmada por Karla Regina Krauel, administradora da CSA à época.

Ela foi ouvida na tarde desta quarta-feira (18) pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que investiga possíveis irregularidades nas obras da ponte.

“Houve desentendimentos técnicos e administrativos com o consorciado e nós retiramos todos os nossos engenheiros”, afirmou a administradora. No entanto, ela não soube precisar em que momento se deu essa retirada. “Não me recordo se foi em 2011 ou 2012”, disse.

A depoente também não soube informar o que teria provocado esses desentendimentos. “Eu não estava dentro do conselho do consórcio, não posso lhe dizer quais eram os desajustes que havia entre a técnica e a gestão interna do consórcio”, afirmou, em resposta ao relator da CPI, deputado Bruno Souza (sem partido).

De acordo com Karla, a CSA Group criou uma sucursal brasileira para compor o consórcio, conforme exigência do edital. A companhia teve “protagonismo técnico” na fase inicial de sua participação, mas os desentendimentos a levaram a reduzir essa presença, até deixar por completo o empreendimento. “A saída foi documentada e na época nos reunimos com o governador para lhe comunicar disso”, afirmou a administradora.

Karla afirmou à CPI que a CSA apresentou uma solução técnica mais barata para a recuperação da ponte, que implicaria a redução do valor final do contrato celebrado entre o consórcio e o Estado.

“Era uma solução por cabos, mais segura para a ponte, mais barata para o Estado na manutenção em longo prazo”, declarou. “Não havia concordância técnica entre os engenheiros. Então, preferiu-se pela redução na participação [da CSA, no consórcio] na responsabilidade técnica da obra, mas, mais a frente, não se conseguiu nem essa participação.”

A depoente garantiu aos membros da CPI que a CSA cumpriu rigorosamente todas as exigências do edital para recuperação da Hercílio Luz. Afirmou, ainda, que a empresa não tinha representantes nas movimentações financeiras do consórcio. As únicas informações, segundo ela, foram obtidas por meio de solicitação do governo estadual ou pelo Portal da Transparência.

“Tivemos prejuízos. A atividade no Brasil não nos rendeu emissão de recursos para o exterior”, informou Karla.

A administradora também se colocou à disposição da comissão para solicitar junto à CSA Group documentação referente à participação da empresa no consórcio. Segundo ela, com a retirada da CSA do empreendimento, toda documentação foi encaminhada para a sede do grupo, nos Estados Unidos.

Marcelo Espinoza
Agência AL

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