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05/04/2017 - 17h30min

Congresso aponta importância de investir na formação de educadores

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Antonio Eugênio Cunha, doutor em Educação

Com a palestra "Autismo e Inclusão: da teoria à prática", o doutor em Educação Antonio Eugênio Cunha concluiu os trabalhos do 2º Congresso Catarinense sobre Autismo, realizado ao longo desta quarta-feira (5) na Assembleia Legislativa. De iniciativa da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em parceria com a Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira, o evento abordou diversas temáticas voltadas ao autismo, com o objetivo de disseminar informações e promover novos conhecimentos, além do intercâmbio entre familiares e profissionais de diversas áreas, em especial da educação e da saúde.

Ao abordar o tema, Eugênio Cunha lembrou que muitas das teorias pedagógicas são fundamentadas no exercício prático, pois quando aplicadas são uma maneira de testar o resultado das teorias. Trabalhando há mais de 20 anos com a inclusão, Cunha avaliou, em seu convívio com inúmeras crianças diagnosticadas com diferentes síndromes, entre elas o autismo, que a teoria aliada à prática pode fazer a diferença no tratamento e evolução da criança.

Considerando boa a legislação voltada ao autismo, ele ressaltou que somente a lei não basta quando não se tem o controle de como as coisas são realizadas dentro de sala de aula, em especial. Segundo ele, ter uma lei que assegure os direitos do autista é fundamental, mas se preocupar com a preparação dos profissionais da educação que estão no dia a dia com essas crianças é ainda mais relevante. "É a preparação adequada, com os conhecimentos pedagógicos necessários para inclusão, que vai possibilitar um avanço nessa temática. Nosso maior desafio e suporte para inclusão é a formação do professor, dentro do que ocorre em sala de aula. Não basta conhecer a teoria, tem que saber aplicá-la em termos práticos."      

Considerações de um olhar materno
Presidente da Associação de Pais e Amigos do Autista (AMA) de Itajaí e mãe de uma criança autista, Isabel Cristina Reinert destacou a importância do debate. Ao considerar o preconceito ainda um ponto relevante quando o assunto é o autismo, Isabel reforçou a necessidade de seminários, congressos, palestras, entre outras atividades que promovam o conhecimento e principalmente a abordagem do tema. "Essa possibilidade de conhecer melhor as maneiras de como lidar com uma criança autista é extremamente relevante para o contato e desenvolvimento do autista. A sociedade precisa se conscientizar do que é o autismo."

Fora da teoria, na condição de mãe, Isabel disse que na prática a realidade é dura, uma vez que o preconceito ainda toma conta do assunto. Nesta vivência, ela prefere abrir cada vez mais o debate na tentativa de conscientizar que, muito mais do que ter que ensinar uma criança autista, é possível aprender com eles, a cada dia, a simplicidade da vida. "Em muitos momentos choramos, mas nos reestabelecemos sabendo que a cada dia é possível uma evolução, um aprendizado. Se olhar o autismo como algo simples, ele se tornará simples para a gente, mas se olharmos como algo sério, nos tornamos pessoas apreensivas."

Tatiani Magalhães
Sala de Imprensa

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