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21/05/2019 - 08h00min

Comunidades decidem ir ao Executivo cobrar solução para a SC-108

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Anitápolis e Santa Rosa de Lima, apoiadas pelos municípios vizinhos, decidiram bater às portas do Executivo para cobrar uma solução para a SC-108.

As comunidades de Anitápolis e Santa Rosa de Lima, apoiadas pelos municípios vizinhos, decidiram durante audiência pública da Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano, realizada na noite de segunda-feira (20), bater às portas do Executivo para cobrar uma solução para a SC-108, que liga a parte serrana da Grande Florianópolis aos municípios do Sul do estado.

“Vamos agendar uma audiência com o secretário da Infraestrutura com a presença do maior número de pessoas, os prefeitos estão intimados a comparecer. Vamos fazer esse trato pessoal?”, encaminhou João Amin (PP) depois de ouvir as reclamações generalizadas, proposição que foi acatada pelos cidadãos e cidadãs que lotaram o Salão Evangélico de Anitápolis.

O deputado ponderou a crise econômica que solapa as finanças do Estado, mas explicou que a recuperação da rodovia ou a sua pavimentação depende de vontade polícia.

“A situação do Estado não é boa, teve muito marketing para dizer que seria o último a entrar em crise e o primeiro a sair, e não foi isso que aconteceu. Mas há muitas maneiras de buscar recursos, como o Microbacias, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ministério do Turismo e o programa Avançar Cidades, falta neste momento vontade política”.

Prefeitos, vereadores e usuários da SC-108 fizeram fila no microfone para reivindicar a recuperação e a pavimentação.

“Estamos enfrentando problemas graves, não temos condições de trafegar, a estrada está em estado de calamidade. Os municípios não receberam recursos e estão tocando a manutenção com recursos próprios, peço que as lideranças políticas se envolvam”, pediu Fábio Pereira, vereador de Anitápolis, um dos propositores da audiência pública.

“Faz dois anos e meio que sou prefeito e o Deinfra ainda não fez nada na estrada, desde o dia 11 de janeiro queremos marcar uma reunião com o Deinfra. É um descaso com o nosso município. Não está sendo feito nada, nem marcar uma audiência para receber o prefeito e os vereadores”, desabafou Laudir Pedro Coelho, prefeito de Anitápolis.

“O povo já não está acreditando, estou pela terceira vez em uma audiência pública, esta obra é muito importante, que o governador mande uma verba para a prefeitura enquanto não sai a pavimentação”, propôs Afonso Kulkamp, prefeito de Santa Rosa de Lima.

“Se não é o prefeito colocar a patrola, a estrada fica intransitável, em Grão Pará não é diferente, se não colar a patrola não tem como transitar na SC-370”, revelou Márcio Borba, prefeito de Grão Pará.

“Parolei de Santa Rosa a Varginha duas vezes e fiz um tapa-buraco, chegamos a colocar uma carga dentro de um buraco, é uma pena que não tem representante do governo, se não a gente ia falar muitas bobagens”, relatou Lourival Schmidt, secretário de Obras de Santa Rosa de Lima.

“A esperança é que tenhamos uma reviravolta, mas quero manifestar minha preocupação, é muito raro ver rodovias sendo pavimentadas. Essa é a nossa angústia”, pontuou Lindomar Ballmann, prefeito de Rio Fortuna.

“Há 15 anos trabalho como motorista escolar, faço 150 km por dia nesta estrada, tenho autoridade para falar da dificuldade, em 90% dos 24 km não passa um veiculo pelo outro e em cinco pontes meu ônibus fica a meio metro do precipício. Se não é a prefeitura de Anitápolis, ninguém conseguiria transitar aqui”, confirmou Claudio Maciel.

“Sabemos que o asfalto é para longo prazo, mas precisamos do curto prazo, não tem como ficar assim, o nosso produtor seria mais valorizado. Como o município vai crescer? Quem vai instalar uma empresa aqui? Faço um apelo às nossas autoridades, façam alguma coisa, essa estrada é o caos”, declarou Lucas David, vereador de Anitápolis.

“As prefeituras não têm como manter a estrada, que pelo menos o governo mantivesse a estrada, de uma forma ou de outra, com convênios com os municípios ou assumindo a responsabilidade. Não adianta alimentar a esperança que daqui dez anos teremos asfalto, então vamos brigar pela manutenção”, argumentou Antonio Gerônimo, vereador de Anitápolis.

“Temos de trabalhar em conjunto, com o consenso dos prefeitos em somar esforços e lutar pela pavimentação, tirando a carga das prefeituras”, indicou Beto Kuerten, prefeito de Braço do Norte.

O exemplo de São Ludgero
O deputado Volnei Weber (MDB), ex-prefeito de São Ludgero, explicou aos ex-colegas de Executivo como o município logrou asfaltar estradas vicinais com baixo custo e convidou os alcaides presentes a conhecerem a experiência.

“Inventamos um modelo novo, fizemos com nossas máquinas e mantivemos o mesmo traçado por R$ 300 mil o quilômetro, temos de levar essa ideia para o governo, olhando o que foi feito com pouco dinheiro. Temos de fazer a casa mais simples, mas não mais fraca”, comparou o parlamentar.

Ausência destacada
Tanto João Amin quanto as lideranças regionais criticaram a ausência de representantes do Deinfra e da Secretaria de Infraestrutura.

“Estou surpreso negativamente porque não temos a presença de sequer um representante do governo, isto não é falta de prestigio dos deputados, é um descaso e um deboche com a região”, sentenciou o presidente da Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano da Assembleia Legislativa.

Vítor Santos
Agência AL

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