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09/04/2012 - 17h50min

Comitiva catarinense visita empresas indianas que produzem energia de forma sustentável

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Comitiva Catarinense na Índia - Thermax
A comitiva catarinense que estabelece contatos na Índia visitou o complexo erguido pela empresa Thermax que produz, entre outros itens, 90% dos coolers fabricados no país e utilizados para refrigeração. Além da planta visitada, a Thermax tem mais três empresas na Índia e uma quarta na China, que produzem juntas cerca de 550 equipamentos por ano com exportação para mais de 70 países, entre eles o Brasil. A empresa também é referência na produção de caldeiras para geração de calor. A maioria foi projetada para queimar biomassa, especialmente os resíduos da agricultura, como a casca de arroz. Esses equipamentos cumprem todos os códigos e determinações de outros países e dão ao grupo alto poder de competitividade no mercado internacional. Outra tecnologia desenvolvida pela empresa é a que promove a reutilização da água dos esgotos. O processo ainda está em fase de pesquisas, mas num futuro próximo deve permitir a separação da água que poderá ser utilizada para irrigação, dos demais rejeitos que deverão ser convertidos em biogás. Das tecnologias já convertidas em protótipo, destaque para a que utiliza energia 100% limpa. Com a ajuda de painéis especialmente projetados, é feita a captação da energia solar que mais tarde é usada para aquecer as caldeiras e, a partir daí, gerar a energia elétrica que abastece a rede. Quando não há sol o aquecimento das caldeiras acontece a partir da queima de biomassa. É o que os engenheiros chamam de sistema híbrido. Os custos para a montagem do protótipo foram arcados pelo governo indiano. Apenas o terreno foi doado por moradores da área rural de Pune, que são os que mais se beneficiam do sistema. Desde que a estrutura começou a funcionar, eles passaram a ter 24 horas de energia, e não apenas duas como acontecia antes. “A eletricidade que é produzida aqui vai para a comunidade e essa energia é usada para irrigação nas propriedades”, diz Gajan Shankar Deshpande, gerente geral de Engenharia e Desenvolvimento da Thermax. “Devido ao baixo volume de energia, não era comum utilizar a água na agricultura. Esse sistema tornou isso possível”, ressalta ele. Para aumentar os benefícios sem elevar os custos, a empresa realiza uma série de pesquisas em laboratórios próprios para encontrar alternativas mais baratas. O esforço fez cair o custo do kilowatt/hora para um terço do preço de mercado. A iniciativa faz parte de um projeto maior: produzir e explorar energia 100% verde como forma de garantir a segurança energética do país. “Em média, 80% da nossa demanda são supridos pelo carvão. E o carvão está em defasagem na Índia”, alerta Deepak Thakur, chefe do Grupo Solar da empresa. “Nosso desafio é oferecer uma forma sustentável para suprir as necessidades energéticas que estão em crescimento.” A solução é apresentada como a alternativa mais viável para atender a demanda da população indiana que cresce de forma exponencial. Um exemplo a ser seguido, como afirma o chefe da delegação catarinense, deputado Jailson Lima (PT). “Esse movimento é importante não apenas para a Índia, mas para todos os países que têm sol sobrando como o Brasil, biomassa sobrando no Brasil e que não se utiliza”, lembra o parlamentar. Para ele, “a Índia é um exemplo para o Brasil e para Santa Catarina, que poderá ser o próximo parceiro do futuro em relação à questão da eficiência energética e de alternativas inovadoras.” (Jucinei Cardoso)
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