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26/02/2020 - 17h17min

Carnaval com críticas à religião divide Plenário

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FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL

Deputados se dividiram entre criticar e explicar a múltipla representação de Jesus Cristo levada à avenida pela Estação Primeira de Mangueira, do Rio de Janeiro (RJ), durante a sessão de quarta-feira (26) da Assembleia Legislativa.

“Sou protestante, me sinto indignada quando símbolos cristãos são vilipendiados e satirizados”, criticou Ana Campagnolo (PSL), referindo-se à representação de Jesus, entre outros personagens, como um jovem negro “apanhando da polícia”.

A parlamentar pediu o apoio dos colegas para aprovar projeto de sua autoria que coíbe a intolerância religiosa e o vilipêndio da fé, inclusive com proibição de liberação de verbas públicas, que foi protocolado em maio de 2019.

Jair Miotto (PSC) e Ricardo Alba (PSL) concordaram com Ana Campagnolo.

“Representando o PSC e como pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular, que prega a fé cristã e o respeito, nos causa muita tristeza a maneira como a religião tem sido tratada”, lamentou Miotto, que também manifestou contrariedade com o “investimento público em festas carnavalescas”. 

“Todo ano é assim, algumas escolas fazem questão de desrespeitar a fé cristã, tudo tem limite”, indicou Alba.

Ada de Luca (MDB), em aparte, explicou que o cidadão negro que estava na cruz representava “um jovem negro que foi morto” pela polícia.

Já a deputada Luciane Carminatti (PT) defendeu a liberdade de expressão dos carnavalescos.

“Não pode ter censura, precisa fazer uma interpretação do que está posto, precisa ter muito respeito às diferentes manifestações, mas não me senti incomodada”, relatou.

Escola sem ar-condicionado
Ana Campagnolo cobrou do Executivo a instalação de aparelhos de ar-condicionado na EEB Raul Bayer Laus, de Itajaí.

“Os alunos estão tendo aulas no calor insuportável, os equipamentos estão lá, já foram comprados”, denunciou.

A deputada Anna Carolina (PSDB), em aparte, informou que fez contato a Secretaria de Estado da Educação (SED) sobre o assunto e avisou que os aparelhos serão instalados até abril.

Por outro lado, Campagnolo pediu que a SED instale computadores e reforme a quadra de esportes da EEB Conselheiro Astrogildo Aguiar, de Barra Velha.

Emenda esquecida
Carminatti criticou o governador Carlos Moisés por não ter anunciado emenda de sua autoria ao Hospital Regional Lenoir Vargas Ferreira durante o ato de inauguração da nova ala da instituição, conhecida como Hospital Regional de Chapecó.

“Por que no Hospital Regional somente o deputado Jair Miotto foi colocado na mesa para anunciar R$ 150 mil para o hospital? O deputado Marcos Vieira (PSDB) destinou R$ 120 mil, o deputado Altair Silva (PP) R$ 600 mil e eu R$ 800 mil. Qual é o critério?”, questionou Carminatti.

A representante de Chapecó mandou um recado ao chefe do Executivo.

“Quero mandar um recado direto, falo aqui, olho no olho, não seria mais civilizado e educado chamar todos os deputados e anunciar as emendas todas? A administração do hospital ficou constrangida. Não se faz política desse jeito, isso é velha política. Se não sou bem-vinda, não me convide.”

Carnaval de Joaçaba
Os deputados Ivan Naatz (PL) e Maurício Eskudlark (PL) repercutiram na tribuna o sucesso do carnaval de Joaçaba, no Vale do Rio do Peixe.

“Avenida lotada, o povo se divertindo e principalmente um carnaval da família”, avaliou Naatz.

“Um dos carnavais mais bonitos do Brasil, carnaval família, todo mundo participa, escolas com quatro mil pessoas, o empresário, o funcionário, todos participando do mesmo evento”, festejou Eskudlark.

Investimentos em Chapecó
Altair Silva repercutiu os investimentos públicos e privados em Chapecó, com destaque para a ampliação do maior frigorífico de abate de suínos da América Latina, a concessão do aeroporto Serafim Bertaso e a inauguração da nova ala do Hospital Regional.

Segundo Altair, apenas em equipamentos para a nova ala foram investidos R$ 10 milhões. Já a Cooperativa Aurora, de acordo com o deputado, está ampliando as unidades de Guatambu e Chapecó, sendo que a última deverá abater cerca de 10 mil suínos por dia.

Quanto à concessão à iniciativa privada do Aeroporto Serafim Bertaso, principal entrada aérea do Oeste, Altair recordou que a empresa vencedora terá de investir inicialmente R$ 15 milhões na ampliação do terminal de passageiros e mais R$ 150 milhões durante a vigência da concessão.

Obras no hospital de Itajaí
Anna Carolina apelou ao governador para que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) conclua as obras no Hospital Marieta Konder Bornhausen, de Itajaí.

“2012 foi o ano da promessa de que Itajaí teria mais de 600 leitos. Em 2018 a promessa parou, a empresa não deu conta do serviço, mas 88% das obras estão prontas, faltam R$ 2 milhões para terminar e estamos esperando desde 2018, isso é um fato relevante”, alertou a representante da Foz do Rio Itajaí.

Inmetro
Eskudlark defendeu a intervenção no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) levada a cabo pelo presidente Jair Bolsonaro e acusou os ex-dirigentes do órgão de trabalhar contra os interesses dos caminhoneiros e taxistas.

Concessão da BR-101 Sul
José Milton Scheffer (PP), Luiz Fernando Vampiro (MDB) e Volnei Weber (MDB) criticaram a concessão da BR-101 Sul, principalmente no tocante à quantidade de praças de pedágio.

De acordo com Scheffer, as praças de Laguna e Tubarão ficarão distantes cerca de 50 km uma da outra, situação que se repetirá no Vale do Araranguá.

“A sociedade foi ignorada nos seus questionamentos, um edital fechado do começo ao fim”, reclamou Scheffer, que citou o caso das isenções aos moradores.

“Essas respostas não vieram, mas não faltou mobilização”.

“De Florianópolis a Curitiba temos duas praças de pedágio, enquanto que de Florianópolis a Passo de Torres serão cinco”, lamentou Vampiro, referindo-se à praça de Paulo Lopes, além das quatro previstas para o trecho Sul.

“Não somos contra a concessão, mas contra o modelo que se quer instalar. Será que o preço não seria R$ 1,20? O edital tem erros gravíssimos”, concordou Weber, que ressaltou a discrepância do pedágio a R$ 5 proposto pela ANTT e os R$ 1,97 ofertados pela empresa vencedora.

Excludente de ilicitude
Sargento Lima (PSL) defendeu a legalidade dos tiros disparados contra o senador licenciado Cid Gomes (PDT/CE) durante confronto com policiais militares amotinados em Sobral (CE).

“A Associação dos Juízes Federais (Ajufe) pediu ao procurador-geral que denuncie o senador Cid Gomes por tentativa de homicídio qualificado, com impossibilidade de defesa da vítima”, detalhou Lima, que listou os casos de excludente de ilicitude que justificariam os tiros. “Estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento do dever e exercício regular do direito.”

Reforma tímida
Bruno Souza (Novo) voltou a classificar o projeto de reforma da previdência barriga-verde de tímido e vaticinou que o Estado em poucos anos terá dificuldades de caixa análogas às que sofrem Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

“Os aportes do Estado na previdência cresceram 450% desde 2019”, justificou Souza, acrescentando que serão necessários 20 anos para que a economia gerada pela reforma alcance os mais de R$ 4 bilhões de déficit anuais.

“Ou a gente faz agora, ou não vai ter Santa Catarina para pensar no futuro”, ponderou.

Sargento Lima fez coro às palavras de Souza e comparou a reforma catarinense ao tratamento de uma vítima de câncer terminal com aspirina.

“A reforma não tem profundidade, se perde uma excelente oportunidade.”

“Um tema importante para Santa Catarina e fiquei sabendo que o PT está quase destruindo a nossa reforma, para eles esse déficit não existe”, criticou Jessé Lopes (PSL).

Vítor Santos
Agência AL

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