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04/02/2016 - 17h00min

Divulgado boletim atualizado sobre dengue, chikungunya e zika em SC

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FOTO: Dive/Divulgação

Um novo levantamento sobre casos de dengue, chikungunya e zika em Santa Catarina no mês de janeiro (1º a 30) foi divulgado nesta semana pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) da Secretaria de Estado da Saúde.

De acordo com o boletim, foram notificados no período 879 casos suspeitos de dengue no estado - 828 estão em investigação, 36 foram descartados e 15 foram confirmados pelo critério laboratorial. Do total de confirmados, 1 é autóctone, 9 são importados (transmissão fora do estado) e 5 estão em investigação para definição do local provável de infecção.

Os 26 casos suspeitos de febre de chikungunya notificados em Santa Catarina em janeiro permanecem em investigação.

Os casos suspeitos de febre do zika vírus notificados no estado no mesmo período chegam a 36 - 13 continuam em investigação, 18 foram descartados e 5 foram confirmados, sendo 4 pelo critério clínico-epidemiológico e 1 pelo critério laboratorial.

Segundo o boletim epidemiológico, todos os casos confirmados de febre do zika vírus são importados. Eles foram identificados nos municípios de Braço do Norte, Brusque, Florianópolis e Ipuaçu. Os prováveis locais de infecção foram os estados do Mato Grosso, Rio de Janeiro e Sergipe.

Situação de risco
Na avaliação do coordenador estadual do Programa de Controle da Dengue e porta-voz da Sala de Situação estadual, João Fuck, os números revelam aumento de notificações de casos suspeitos em comparação a 2015. "Temos a presença do vetor, de forma mais intensa em 28 municípios que são considerados infestados, e já temos alguns casos importados. Isso sinaliza uma situação de risco. A população tem que interiorizar essa preocupação, entender que existe um risco", disse.

Os municípios catarinenses considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti são: Anchieta, Balneário Camboriú, Chapecó, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Coronel Martins, Cunha Porã, Florianópolis, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Itajaí, Itapema, Joinville, Maravilha, Nova Itaberaba, Novo Horizonte, Palmitos, Passo de Torres, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Princesa, São Bernardino, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Serra Alta, União do Oeste, Xanxerê e Xaxim. A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.

O boletim atualizado divulgado pela Dive mostra que foram identificados 905 focos em 77 municípios de 1º a 30 de janeiro de 2016. "Se mantivermos uma rotina de verificar a residência uma vez por semana, conseguiremos eliminar os criadouros e impedir que o mosquito chegue ao vetor adulto, processo que leva em média sete dias. Precisamos colocar em prática esses cuidados não só agora, mas sim ao longo de todo o ano", ressaltou o coordenador estadual do Programa de Controle da Dengue.

As notificações de casos suspeitos de dengue, chikungunya e zika são importantes, conforme Fuck, para que os pacientes recebam tratamento adequado e as ações de controle vetorial sejam desencadeadas.

Dados de 2015
No ano passado foram notificados em Santa Catarina 11.340 casos de dengue. Deste total, 3.618 foram confirmados, 6.813 foram descartados e 909 estão em investigação. Dos casos confirmados, 3.279 eram autóctones, 274 importados e 65 estão em investigação para identificação do local provável de infecção.

Só no mês de janeiro de 2015 tinham sido notificados 405 casos de dengue, sendo 109 confirmados como autóctones. Já em 2016, considerando o mesmo período, foram notificados 879 casos, sendo confirmado apenas 1 como autóctone até o momento.

Em relação à notificação de casos suspeitos de chikungunya em 2015, foram registrados 122, dos quais 4 foram confirmados, 71 descartados e 47 permanecem em investigação. Do total de casos confirmados, 1 foi autóctone, do município de Itajaí, e os outros 3 foram importados de outros estados.

Os casos de febre do zika vírus notificados no ano passado somaram 78, sendo 62 descartados, 7 em investigação e 9 confirmados pelo critério clínico-epidemiológico, todos importados de outros estados (residentes em Itapema, Laguna, Florianópolis, Bombinhas, Gaspar e Pomerode).

Zica: OMS decreta situação de emergência global
Mesmo com a recente declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que o surto de zika vírus é uma emergência de saúde pública internacional, a Secretaria de Estado da Saúde mantém as ações implementadas até o momento. "O país já tinha decretado emergência de saúde pública de importância nacional, e, a partir daí, foram desencadeadas muitas ações no Brasil. Por isso, não teremos mudanças nos procedimentos de trabalho", afirmou Fuck.

A decisão da OMS deve acelerar ações internacionais de cooperação e pesquisa. "Agora vai facilitar, pois teremos o envolvimento de outros países, principalmente com recursos e pesquisas, para tentarmos encontrar formas de controlar o problema", destacou o coordenador estadual do Programa de Controle da Dengue e porta-voz da Sala de Situação estadual.

Situação das Salas municipais para combate ao Aedes aegypti
Todos os 28 municípios infestados pelo Aedes aegypti implantaram estruturas semelhantes à Sala de Situação estadual para o combate ao mosquito. As cidades de Novo Horizonte e Princesa ainda não informaram a composição das suas salas.

A Sala de Situação estadual recebe, diariamente, informações sobre as visitas aos imóveis dos 28 municípios infestados. Já foram realizadas visitas em 152.816 imóveis em áreas infestadas, representando 45,9% do total (333.124 imóveis). Os demais devem receber visita até o dia 12 de fevereiro. Os imóveis fechados ou aqueles em que a visita foi recusada totalizam 39.286, ou seja, 11,7% do total de imóveis existentes.

Conforme a Dive, os municípios de Cordilheira Alta, Coronel Martins, Guaraciaba, Maravilha, Nova Itaberaba, Planalto Alegre, São Bernardino, São Lourenço do Oeste e Xaxim já realizaram visitas a todos os imóveis das áreas consideradas infestadas.

Já os municípios de Balneário Camboriú, Florianópolis e Itajaí formalizaram à Sala de Situação estadual solicitação de apoio das Forças Armadas.

Na rotina das visitas aos imóveis, são priorizadas as ações de orientação à população sobre as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, assim como formas de evitar e eliminar os potenciais criadouros.

Uma videoconferência foi realizada nesta quinta-feira (4) com todas as salas municipais para avaliar as ações e discutir estratégias para o segundo ciclo de visitas a imóveis em áreas infestadas.

 

Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti

  • Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
  • Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
  • Mantenha lixeiras tampadas;
  • Deixe os depósitos para guardar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
  • Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
  • Trate a água da piscina com cloro e limpe uma vez por semana;
  • Mantenha ralos fechados e desentupidos;
  • Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
  • Retire a água acumulada em lajes;
  • Dê descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados;
  • Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
  • Evite acumular entulho, pois podem se tornar locais de foco do mosquito da dengue.
  • Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
  • Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya o zika vírus, procure uma unidade de saúde.

 

O que é dengue?
É uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. É transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado. Os sintomas da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor retro-orbital (atrás dos olhos), e manchas vermelhas na pele.

Pessoas que estiveram nos últimos 14 dias numa cidade com presença do Aedes aegypti ou com transmissão da dengue e apresentar os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequado.

O que é febre de chikungunya?
É uma infecção viral causada pelo vírus chikungunya, que pode se apresentar sob forma aguda (com sintomas abruptos de febre alta, dor articular intensa, dor de cabeça e dor muscular, podendo ocorrer erupções cutâneas) e evoluir para as fases: subaguda (com persistência de dor articular) e crônica (com persistência de dor articular por meses ou anos). O nome da doença deriva de uma expressão usada na Tanzânia que significa "aquele que se curva".

Pessoas que estiveram nos últimos 14 dias em cidade com presença do Aedes aegypti ou com transmissão da febre de chikungunya e apresentar os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequado.

O que é febre do zika vírus?
É uma doença causada pelo vírus Zika (ZIKAV), transmitido pela picada do mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti, infectado. Pode manifestar-se clinicamente como uma doença febril aguda, com duração de 3 a 7 dias, geralmente sem complicações graves.

Segundo a literatura, mais de 80% das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas. Porém, quando presentes, a doença se caracteriza pelo surgimento do exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia, edema periarticular e cefaleia. A artralgia pode persistir por, aproximadamente, um mês.

(Com informações do Núcleo de Comunicação da Diretoria de Vigilância Epidemiológica / Secretaria de Estado da Saúde)

Ludmilla Gadotti
Rádio AL

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