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05/10/2017 - 17h37min

Congresso das Apaes qualifica profissionais da assistência social, educação e saúde

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O primeiro dia de atividades do 16º Congresso Estadual da Apaes de Santa Catarina, realizado na Sociedade Scar, em Jaraguá do Sul, teve ampla programação ao longo desta quinta-feira (5). Abrangendo palestras, minicursos, oficinas e expositores, aproximadamente mil congressistas da área da assistência social, educação e saúde acompanharam as atividades ministradas por profissionais renomados de diversos estados e do exterior.  

Dentro da proposta de ampliar o conhecimento e consequentemente a capacitação dos profissionais, o congresso, que neste ano traz o tema “Desafiando paradigmas”, promove uma aproximação entre todas as Apaes do estado. Com este intuito, a Federação Catarinense das Apaes, representada pelo presidente Júlio Cesar de Aguiar, promoveu no período da manhã uma reunião da diretoria, com todos os presidentes das apaes catarinenses. Segundo ele, a pauta foi o Programa Prevenção. “Bem sucedido no estado, esse programa tem contribuído para evitar o nascimento de mais 500 crianças por ano com algum tipo de deficiência intelectual.”

Palestras
Com o tema “Habilitação da pessoa com deficiência para promover a autodeterminação”, o professor espanhol PhD Miguel Ángel Verdugo Alonso Salamanca abriu sua explanação considerando o congresso um momento extremamente oportuno para debater o tema. Segundo ele, a ocasião faz a sociedade pensar em como enfrentar os paradigmas, que atualmente determinam familiares e educadores a tomarem decisões na vida das pessoas com algum tipo de deficiência intelectual. “O pensar e abordar o tema nos faz pensar diferentes maneiras de trabalhar a capacidade de cada pessoa, uma vez que esse paradigma imposto deixa as pessoas passivas, sem iniciativa de tomarem decisões. Temos que possibilitar a essa pessoas com deficiência a oportunidade de decisão, uma vez que elas devem ter direito a decidir sobre sua própria vida.”

De acordo com o professor, atualmente o “paradigma institucional”, que encaminha as pessoas com deficiências às instituições, precisa ser aperfeiçoado e o paradigma deve ser desinstitucionalizado, permitindo que essas pessoas, além da integração nas instituições, possam interagir cada vez mais com a sociedade. “Com anos de experiência passei a compreender a necessidade de zelar pelos direitos das pessoas, sempre buscamos uma melhor qualidade de vida para elas. Temos que projetar o bem estar dessas pessoas e entender que muitas delas podem controlar melhor suas vidas de acordo com o seu aprendizado, muito mais do que conseguimos observar.”

Com a palestra “Formação docente, prática pedagógica e acessibilidade ao ensino para deficiência intelectual”, a professora PhD Rosimere Maria Orlando, de São Paulo, iniciou sua abordagem lembrando os inúmeros desafios das práticas pedagógicas destacando a formação do professor como a mais relevante. Para ela, a formação do professor necessita de novas formas de se pensar e conceber a deficiência. “No que se refere a pessoa com deficiência intelectual é preciso construir um novo olhar, onde possamos olhar para essas pessoas e enxergar a capacidade e potencialidade de cada um.”

Entre os palestrantes, o médico geneticista, de São Paulo, João Monteiro de Pina Neto, falou sobre a “Prevenção das deficiências”. Considerando que no Brasil a falta do pré-natal e a falha no parto são fatores de relevância no índice de crianças que nascem com deficiência intelectual, ele informou que muito dos casos poderiam ser evitados. Ao explicar as principais causas que podem deixar uma criança com deficiência intelectual, João pontuou que atualmente muitas crianças na hora do nascimento estão sofrendo lesões no sistema nervoso central, insulto cerebral, ou seja, falta de oxigênio, hemorragias, traumas de partos, entre outros fatores. “Precisamos melhorar o pré-natal e os procedimentos para evitar que mais crianças nasçam com deficiências, que poderiam ser evitadas.”        

Minicursos
Dentro do espaço direcionado aos minicursos, o médico de Curitiba, Guilherme Gabriel Balland Ramanell, apresentou técnicas para trabalhar a “Musicalização para educadores”, destacando a importância da música no aprendizado das pessoas com algum tipo de deficiência. Segundo ele, os educadores precisam compreender que, tanto para educação especial quanto para a educação inclusiva, a música pode contribuir significativamente no processo de desenvolvimento das crianças com deficiência. Porém, ele destaca que a prática precisa ser desenvolvida normalmente, bem como é trabalhada nas escolas de ensino regular.  “A música não é apenas um acessório que ajuda no desenvolvimento de crianças, jovens e adultos com deficiência, mas sim uma linguagem artística que deve ser trabalhada com profundidade. Bem trabalhada a música está além do desenvolvimento motor, atinge o desenvolvimento da autonomia desses jovens.”

Oficinas
No espaço destinado às oficinas, a especialista Maria Lúcia Pellegrinelli, de Belo Horizonte, falou sobre o “Beneficio de prestação continuada (BPC). Na ocasião, ela destacou que é fundamental que as pessoas tomem conhecimento do BPC, benefício oferecido pelo governo federal, através do Ministério do Desenvolvimento Social e do INSS, para pessoas com deficiência ou idoso com mais de 65 anos. “Temos que divulgar esse beneficio, que deve ser requerido por direito.”

Expositores
Entre os atrativos do evento, o setor de exposição trouxe novidades, no que tange a jogos e brinquedos educativos, aparelhos para adequação postural, entre outros.

Tatiani Magalhães
Sala de Imprensa

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