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23/05/2019 - 18h51min

Alunos e professores da Udesc visitarão deputados e Moisés para evitar cortes

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Estudantes, servidores e professores da Udesc lotaram o auditório Antonieta de Barros
FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL

Cerca de 500 alunos e professores da Universidade de Santa Catarina (Udesc), reunidos nesta quinta-feira (23) em audiência pública da Comissão de Educação, Cultura e Desporto (CECD) da Assembleia Legislativa, decidiram visitar os deputados e o governador para evitar o corte de verbas.

Também foi decidido intensificar o diálogo entre a comunidade acadêmica e a população para mostrar a importância da Udesc no dia-a-dia dos catarinenses.

“Já têm emendas parlamentares para suspender o corte, então não precisamos apresentar emendas, mas conversar com os deputados para manter os recursos da Udesc, isso é bem importante, conversar com os 40 deputados porque a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) está prevista para dia 16 de julho”, informou Luciane Carminatti (PT), presidente da CECD.

A deputada também sugeriu e o plenário acatou um pedido de audiência com o governador Carlos Moisés para tratar dos cortes orçamentários.

“Pretendo fazer uma conversa com o governador, o reitor fará isso e eu farei como presidente da CECD”, justificou Carminatti, que incentivou alunos e professores a também dialogarem com o Chefe do Executivo.

Já o professor Rafael Rosa Hagemeyer, que representou a Associação dos Professores da Udesc, sugeriu e também foi acatada uma auditoria da dívida pública do Estado e a visita aos deputados por professores e alunos da Udesc da região do parlamentar.

Cálculos contraditórios
O deputado Jessé Lopes (PSL) defendeu os cortes orçamentários previstos na LDO enviada ao Legislativo pelo Executivo e estimou em R$ 17 milhões a perda de recursos da universidade em relação a 2018.

“A Udesc recebeu R$ 409 milhões em 2018, com a redução do duodécimo de 2,49% para 2,24% o repasse será de R$ 392 milhões, uma diferença de R$ 17 milhões, sem considerar o crescimento de arrecadação”, ponderou o parlamentar.

Danilo Ledra, servidor da Udesc, refutou o representante do PSL e mostrou que os cortes superam R$ 40 milhões.

“O cálculo está totalmente equivocado, 10% de 400 é 40 milhões. Se cortar, vai cortar R$ 40 milhões, isso é óbvio, se o orçamento é de R$ 400 milhões e vai cortar 0,25%, estará cortando um pouquinho mais de 10% e este corte não vai mexer na folha, que é sagrada, então se a gente tinha R$ 400 milhões e vai ter R$ 360 milhões, significa que vamos cortar 40% do custeio, um corte superior ao corte das federais”, explicou Ledra.

Apoio do PP, PSB, PRB e PV
Laércio Schuster (PSB) anunciou que as bancadas do PSB, PV, PRB e PP, assim como do PT, protocolaram emendas para sustar os cortes da Udesc previstos na LDO.

“Nos posicionamos contra o corte de 30% nas universidades públicas federais e da educação básica porque acreditamos que um país só cresce com educação. Nós do Bloco PSB, PV, PRB e PP assinamos que somos contrários ao corte de 10% da Udesc”, garantiu o ex-prefeito de Timbó.

Estudantes criticam cortes
Os estudantes se revezaram no microfone com críticas aos cortes propostos pelo Executivo.

“A base do governo tem de conhecer a Udesc, ver o quanto ela é importante para o desenvolvimento do estado, ver que cumpre o papel de interiorização da educação e de colocar o povo dentro da universidade. Somos totalmente contra este corte, quem corta da educação está atacando o povo catarinense”, avaliou Lucene Magnus, presidente da União Catarinense de Estudante (UCE).

“Os cortes colocam em risco a manutenção da universidade, estamos dizendo não à precarização de ensino, sabemos para onde irá este dinheiro”, declarou Maria de Vargas Torres, representante do Centro Acadêmico de História.

“Se hoje as salas do CEU não têm janelas, se no CAV se usa material vencido para tratar animais, como vai continuar a universidade com estes cortes?”, questionou Luiza Gutierres Pinheiro, do Centro Acadêmico de Teatro.

“A educação é a nossa única possibilidade de ter uma vida melhor, se é para criticar, que pelo menos haja domínio dos dados criticados”, argumentou Alexandra de Melo, estudante de Teatro.

“A clínica escola do Cefid fez mais de 13 mil atendimentos em 2018, tudo custeado pela Udesc, não recebeu verba da saúde para isso”, revelou Josieli Kaupka, ex-presidente do Diretório Acadêmico do Cefid-Udesc.

“Enquanto o aluno da universidade era filho de rico, não tinha problema em gastar, mas agora que é filho de pobre e preto, tem”, lamentou Bruna Maria Antunes, estudante de História.

 

 


 

  

Vítor Santos
Agência AL

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