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23/05/2019 - 12h31min

Alesc sedia evento de formação política feminina e de combate à violência

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O evento prossegue nesta sexta-feira (24)

A Assembleia Legislativa sedia nestas quinta-feira (23) e sexta-feira (24) o Encontro Estadual do Fórum da Mulher Parlamentar. O evento, promovido pela União dos Vereadores do Estado de Santa Catarina (Uvesc), tem como objetivos centrais tratar da ampliação da presença feminina na política e do fortalecimento do combate à violência contra as mulheres.

Presidente do Fórum e da Associação das Câmaras Municipais do Oeste de Santa Catarina (Acamosc), Rachel Mohr Steiernagel, comentou que as atividades são voltadas para vereadoras, servidoras e assessoras parlamentares de todo o Estado. “Ano que vem temos novas eleições e estamos encorajando as mulheres para irem à disputa tanto nas prefeituras quanto nas Câmaras de Vereadores.” Na sua avaliação, a falta de um maior engajamento está ligada à questão da família, dos filhos e maridos. “E os partidos só as procuram para preencher a cota exigida por lei. Dizem que não é necessário se eleger, pois depois elas podem ganhar vagas como secretárias municipais. Elas não se sentem preparadas. Tudo dificulta”, lamentou. Os resultados das urnas evidenciam isso tudo. Ao total, são somente 24 prefeitas entre os 295 municípios catarinenses  e 389 vereadoras em um cenário de pouco mais de 2.900 vagas nas câmaras legislativas.

Sobre isso, a deputada Marlene Fengler (PSD) é enfática ao dizer que eventos dessa natureza têm extrema importância. “Servem para a gente chamar as mulheres para conversar, compartilhar experiências, dividir dificuldades. Mas, acima de tudo, mostrar a importância da participação das mulheres na política. Se a gente quer mudar esse quadro que a gente tanto critica, temos que participar. E a forma de promover essa mudança é participando do processo não só da política como um todo, mas do processo político eleitoral.”

Em relação ao tema da violência, o Fórum apresentou uma iniciativa da soldado Ana Paula Rauber Giongo, que trabalha na Polícia Militar em Águas de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. Ela deu detalhes sobre o projeto “Mulher de Direitos”, que está em fase de implantação na cidade e no município vizinho de São Carlos. “Eu criei tendo como base o Projeto Rede Catarina, que funciona em todo o estado, mas voltado para a nossa realidade de municípios menores, onde o problema é mais grave por causa da violência contra a mulher rural”, explicou. “São áreas onde a cultura do machismo ainda é muito forte, há falta de meios de comunicação tanto para divulgar os casos quanto as formas de apoio às vítimas.”

A Rede Catarina tem uma guarnição específica para atender as ocorrências, mas nas cidades menores não existe essa possibilidade até em função do efetivo reduzido da PM em comparação com os centros de médio e grande porte. “O projeto tem como objetivo central unir as instituições, fazendo um ciclo contra a violência, reunindo o Ministério Público, o Fórum da Comarca, as polícias civil e militar, a Assistência Social, secretaria de Saúde e Conselho Tutelar”, contou Ana Paula.

Segundo ela, hoje as vítimas têm o atendimento inicial da PM, mas falta um canal de comunicação direto para saber o que acontece depois da aplicação das medidas judiciais.  Por meio de um número de celular que será compartilhado entre as mulheres e os gestores do projeto, o objetivo é que todos as partes envolvidas tenham como continuar o atendimento, seja na esfera judicial, no acompanhamento psicológico das mulheres e de seus filhos.

Para a deputada Luciane Carminatti (PT), o projeto é muito relevante, pois entra em algo que  considera como foco central para a prevenção às agressões, a participação da sociedade. “A violência envolve a questão cultural e educativa. É muito complexo, tem a ver com a criança que vai crescendo e vendo a brutalidade dentro da sua própria família. E se cruzarmos os indicadores, nota-se que muitos agressores viram suas mães serem agredidas. Não houve um ponto final.”

Na opinião da parlamentar, essa ação conjunta passa pela abordagem do tema nas escolas, as campanhas educativas por parte do poder público, do uso de mídias sociais e da divulgação pela imprensa. “É possível o padre falar na missa, o pastor no culto, os empresários criarem espaço, momentos, para tratar do assunto com seus funcionários.”

 

 

 

 

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