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26/03/2015 - 12h50min

Alesc promove Dia de Conscientização sobre a Epilepsia

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Deputado Dr. Vicente é autor do PL que cria o Dia Estadual da Conscientização sobre a Epilepsia FOTO: Fábio Queiroz/Agência AL

A Assembleia Legislativa participa, nesta quinta-feira (26), das atividades alusivas ao Dia Roxo, uma iniciativa dedicada à promoção da conscientização sobre a epilepsia em todo o mundo. Nessa data, pessoas de diversos países vestem alguma peça de roupa roxa em apoio à causa.

A ação no Parlamento catarinense foi proposta pelo deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB). Ele é autor do Projeto de Lei (PL) 34/2015, que pretende instituir o Dia Estadual da Conscientização sobre a Epilepsia no calendário oficial de eventos do Estado.

A matéria, em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça, estabelece o dia 26 de março como marco para difundir informações e esclarecimentos sobre o distúrbio neurológico crônico que afeta cerca de 2% da população mundial, uma média de 50 milhões de pessoas.

A proposição também tem como objetivo melhorar o acesso dos epilépticos a todas as formas de tratamento existentes, além de promover a inclusão profissional e a qualidade de vida. "Com esse dia, chamamos a atenção das autoridades e do público em geral. A ideia é alargar os direitos e o acesso das pessoas com epilepsia. Hoje muitas delas têm vergonha de falar sobre o assunto, outras não têm acesso a postos de trabalho", disse Dr. Vicente.

Situação catarinense
Estimativas apontam que aproximadamente 130 mil pessoas no estado têm epilepsia. "É um número muito alto. Isso representa um problema de saúde pública", falou o deputado. De acordo com o parlamentar, a intenção do PL é que a Secretaria de Estado da Saúde destine mais recursos financeiros, estruturais e humanos para integrar a assistência à epilepsia. Outra finalidade é aumentar o investimento e a capacidade de investigação da doença, assim como o acesso às novas tecnologias de diagnóstico, ao tratamento medicamentoso e cirúrgico.

O único centro especializado no tratamento multiprofissional do distúrbio no estado credenciado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é o Centro de Epilepsia de Santa Catarina (Cepesc), que funciona no Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis.

Segundo a professora de Neurologia da UFSC e chefe do Serviço de Neurologia do HU, Katia Lin, dois terços dos pacientes com epilepsia controlam a doença com o uso adequado de medicamentos. Os demais precisam de tratamento cirúrgico.

As principais demandas dos pacientes são, conforme a médica, o livre acesso à medicação antiepiléptica e a exames complementares para investigação da epilepsia. "Alguns medicamentos não estão na lista de fornecimento gratuito do SUS. Também há falta de abastecimento nos postos de saúde. Outro problema é que a fila para os exames é grande devido à falta de lugares que os façam."

O Cepesc enfrenta dificuldades na realização de exames complementares para avaliação pré-cirúrgica. "Cerca de 500 pessoas aguardam na fila. Faltam equipamentos e a adequação do centro", comentou Katia.

Na opinião da médica, a criação do Dia Estadual da Conscientização sobre a Epilepsia pode contribuir no combate ao preconceito. "Há uma dificuldade de aceitação social, um estigma da doença. Vai ajudar os pacientes a sair das sombras, a ganhar visibilidade para lutar por seus direitos."

Mais informações
Purple Day 
Viva com epilepsia
Associação Brasileira de Epilepsia

Ludmilla Gadotti
Rádio AL

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