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27/08/2019 - 19h30min

Ação integradora marca a chegada de mais 20 novos estagiários do PAB

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Novos estagiários do Programa Antonieta de Barros
FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL

No ano em que completa 15 anos de atuação, o Programa Antonieta de Barros (PAB) da Assembleia Legislava, que foi ampliado em 50% em julho deste ano, por decisão do presidente do Legislativo, Julio Garcia (PSD), deu posse na noite desta terça-feira (27) a 20 novos estagiários selecionados para atuarem nos setores administrativos do Parlamento. Os jovens, com seus familiares, participaram da ação integradora, evento no qual foram recepcionados pelos parceiros da edição 2019 do programa, no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright.

Ao todo, mais de 200 jovens em situação de vulnerabilidade social se inscreveram para as 22 vagas de estágio oferecidas nos setores administrativos da Casa em julho e, com a ampliação do programa, foram empossados nesta terça-feira mais 20 jovens. A seleção foi feita pela Assembleia.

Os estagiários têm entre 16 e 24 anos, estão regularmente matriculados no ensino médio, técnico ou superior e têm renda familiar inferior a 2,5 salários mínimos regionais. O estágio tem duração de um ano, renovável por mais um. Nestes 15 anos do PAB, aproximadamente 400 jovens participaram do programa.

O diretor-geral da Alesc, Neroci Raupp,destacou que o PAB, além de sua importância social, desempenha papel essencial na formação profissional de muitos jovens, que geralmente chegam ao mercado de trabalho sem a experiência exigida. “Nestes 15 anos do programa, muitos jovens aprenderam a importância dos serviços legislativos, interagiram com deputados, assessores e demais pessoas. É um aprendizado para a vida.”

De acordo com a coordenadora de estágios especiais, Miriam Lopes, os jovens selecionados serão capacitados e treinados para atuarem nos setores administrativos do Legislativo por um período de dez dias. Os jovens selecionados vão receber mensalmente R$ 650, mais R$ 150 de auxílio transporte, R$ 600 de auxílio alimentação, além dos uniformes. No total, por ano, o PAB mantém, a partir de agora, 60 estagiários trabalhando na Casa.

O PAB é voltado para jovens em situação de vulnerabilidade social. O Movimento Negro Unificado (MNU/SC), a Associação de Mulheres Antonieta de Barros (Amab) e a Unegro, parceiros da Alesc no programa, também estiveram presentes na ação integradora.

Estagiários
Fabiana Silva de Souza, 23, há 1 ano e três meses na coordenadoria de estágio da Assembleia Legislativa, destacou a importância do trabalho e do aprendizado com o trabalho. “Aqui muda tudo, muda a nossa visão de mundo e pude aprender muito. Saio no futuro com uma experiência incrível e é uma honra trabalhar aqui.”

Vitória Vidal da Silva, 19, uma das 20 selecionadas, comemorou a conquista, dizendo que está concluindo o ensino médio e tem a expectativa de estudar Direito. “É uma oportunidade muito boa para meu futuro profissional. A minha expectativa não é só para o agora, mas para o meu futuro e sei que o aprendizado que terei aqui será para toda minha vida.”

Ires da Rosa Miguel, 18, também selecionada para atuar no Legislativo, assegurou que pretende se esforçar muito e aproveitar a oportunidade. “Esse é o meu primeiro emprego e sei que devo aproveitar para aprender para o meu futuro profissional e para minha vida.” Com a ação integradora desta terça-feira, os estagiários passarão por uma capacitação inicial, que será realizada pela Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira.

O que é o PAB
O Programa Antonieta de Barros (PAB) foi instituído pela Lei Estadual nº 13.075/2004, originário da articulação dos movimentos sociais e idealizado pelo Fórum de Mulheres Negras de Florianópolis. Esses movimentos denunciaram os assassinatos de mais de 108 jovens negros, oriundos de comunidades vulneráveis, ocorridos entre os anos de 2002 e 2003, além de promoverem discussões voltadas à implementação de políticas públicas com o objetivo de ampliar as perspectivas de uma juventude carente de oportunidades. Assim, a Alesc, de forma responsável e comprometida, instituiu uma política de ação afirmativa no âmbito do Poder Legislativo.

Em 15 anos, aproximadamente 400 jovens em condições de vulnerabilidade social, por sua condição de moradia, de gênero ou por serem portadores de necessidades especiais, passaram pela Assembleia Legislativa, sendo inseridos em um contexto social e cultural diferenciado de seu cotidiano. Esta é uma das práticas de inclusão social do programa que permite a interação entre os servidores do Poder Legislativo e os estagiários na desconstrução do imaginário cultural entre ambos.

Nos setores de trabalho da Alesc e na formação continuada, os jovens estagiários são estimulados em atividades de qualificação profissional, socioeducacionais, culturais e inseridos em dinâmicas externas. Uma das estratégias para eficácia do programa é apoiar a permanência dos jovens no sistema formal de ensino.

O Programa Antonieta de Barros está vinculado à Coordenadoria de Estágios Especiais da Alesc, que é responsável pela formação dos estagiários. A coordenadoria tem como missão buscar o desenvolvimento de potencialidades profissionais e pessoais dos jovens negros em condição de vulnerabilidade social, priorizando a valorização do protagonismo juvenil e a visibilidade de sua identidade cultural e racial.

 

 


 

 

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