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Ação integradora marca a chegada de 20 novos estagiários do PAB
Os 20 novos estagiários selecionados para o Programa Antonieta de Barros (PAB), desenvolvido pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina, participaram, na noite desta segunda-feira (21), da ação integradora, evento no qual foram recepcionados pela Presidência da Alesc e demais parceiros da edição 2018 do programa. A recepção foi realizada no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright.
Ao todo, 187 jovens em situação de vulnerabilidade social se inscreveram para as 20 vagas de estágio oferecidas nos setores administrativos do Parlamento estadual. A seleção foi feita pela Assembleia. Os estagiários têm entre 16 e 24 anos, estão regularmente matriculados no ensino médio, técnico ou superior e têm renda familiar inferior a 2,5 salários mínimos regionais.O estágio tem duração de até dois anos.
A deputada Ada de Luca (MDB) representou o presidente da Alesc, deputado Aldo Schneider (MDB), no evento. Ela destacou que o PAB, além de sua importância social, desempenha papel essencial na formação profissional de muitos jovens, que geralmente chegam ao mercado de trabalho sem a experiência exigida.
“O que vocês vão passar nesse estágio na Assembleia é um aprendizado para a vida”, afirmou a deputada. “Os familiares também precisam saber da importância dessa experiência e apoiar os estagiários.”
O PAB é voltado para jovens negros em situação de vulnerabilidade social. O Movimento Negro Unificado (MNU/SC), a Associação de Mulheres Antonieta de Barros (Amab) e a Unegro, parceiros da Alesc no programa, também estiveram presentes na ação integradora. A professora Uda Gonçalves, presidente da Amab, destacou que os estagiários selecionados devem desempenhar seu trabalho também em nome dos jovens que não foram escolhidos para as 20 vagas deste ano.
Miriam Lopes Pereira, coordenadora de Estágios Especiais da Alesc, aproveitou o evento para pedir à Assembleia o aumento no número de vagas de estágio oferecidos pelo PAB. Outros participantes da ação integradora, como a deputada Ada e o presidente da Fepese, Mauro Fiuza, defenderam a manutenção e a expansão do PAB. “É um exemplo para todo o país”, resumiu Fiuza.
O repórter e educador social Edsoul também participou da ação desta segunda-feira. Ele afirmou que o PAB é uma ação importante para a possibilitar a inclusão da população negra. “Há uma dívida histórica com os negros, que vem desde antes da escravidão. É uma dívida de 500 anos. O PAB tem 14 anos e terá que existir ainda por muitos anos para essa dívida seja paga.”
O evento também marcou a despedida dos 20 estagiários que concluíram sua passagem pelo PAB, após dois anos na Alesc. Ana Lara Laurentino Fernandes e Suiane Cavalheiro Cunha discursaram em nome dos egressos e relataram a experiência.
“Saio mais madura, mais sensível e com a certeza do que quero para minha vida daqui pra frente”, disse Ana Laura. Suiane foi contratada como terceirizada, após se destacar como estagiária na Presidência da Assembleia. “O PAB é muito mais que uma oportunidade de emprego, é uma forma de dar visibilidade a tantos jovens negros que infelizmente são mortos”, afirmou Suiane.
Com a ação integradora desta segunda, os estagiários passarão por uma capacitação inicial, que será realizada pela Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira. Claudia Regina Kremer, que representou a escola no evento, afirmou que os jovens terão acompanhamento profissional, intelectual e comportamental. A expectativa é que eles iniciem seus estágios por volta do dia 10 de junho.
Agência AL
