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07/07/2021 - 18h00min

A importância da vacinação para garantir a imunidade contra o coronavírus

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Pfizer, Astrazeneca e CoronaVac, três das quatro vacinas autorizadas para uso no Brasil. FOTO: Ricardo Wolffenbüttel/Secom

A vacinação é um ato necessário para proteção individual e coletiva, mas para ser totalmente eficaz tem que ser aplicada em duas doses para garantir a imunidade e prevenir óbitos, nos casos graves da Covid-19, e conter a pandemia, independente da marca do imunizante. Essa é a avaliação de médicos e deputados integrantes da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), que defendem uma maior conscientização das pessoas sobre a importância da segunda dose da vacina e de já planejar a compra de reforços anuais.

Eles destacam que no Brasil há quatro vacinas contra a doença que receberam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): CoronaVac, vacina do Butantan produzida em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, e os imunizantes das empresas AstraZeneca, Pfizer e Janssen, que estão sendo utilizadas no Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde.

Deputado Neodi Saretta, presidente da Comissão de SaúdeO deputado Neodi Saretta (PT), presidente da Comissão de Saúde, defende que o Estado precisa avançar mais na vacinação para garantir a imunidade dos catarinenses e que já comece a planejar a contratações futuras de novas remessas de vacinas. “O governo tem que ser pró-ativo, pensar no futuro, além de garantir as duas doses da vacinação o quanto antes, deve planejar a compra de imunizantes para o reforço anual, que deverá ser necessário.”

Saretta lembra que, desde antes da pandemia da Covid-19, a Comissão da Saúde da Alesc atuou em promover debates e sugerir ações de combate à doença. Sugeriu que os municípios ampliem os horários de vacinação e promovam campanhas de conscientização sobre a importância da segunda dose. “A vacina boa é aquela que está no braço e não adianta ficar escolhendo marcas.”

Segunda dose
O deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), único médico entre os 40 parlamentares da Alesc, afirma que a vacina é a solução para o enfrentamento da pandemia da Covid-19, independente da marca. Ele defende que quanto mais rápido ocorrer vacinação de toda população, menos chance será dada ao vírus de fazer novas mutações e de ocasionar mais mortes.

Deputado Dr. Vicente Caropreso“É importante que todas as autoridades públicas, desde vereadores, prefeitos, secretários, governadores e principalmente, o presidente da República, incentivem, além a vacinação, o uso de medidas preventivas. Enquanto as pessoas não se vacinarem é preciso se cuidar, com uso de máscaras, álcool em gel e o distanciamento social.”

Para o parlamentar, também é de extrema importância a aplicação da segunda dose. "Muita gente, com todo respeito, tem avacalhado e negligenciado, o que poderá resultar em mais complicações, com UTIs lotadas e falta de leitos hospitalares. A sensação de quem tem a doença e de nós médicos é de desgraça, de impotência total.”

Dr. Vicente reafirma que a segunda dose é necessária e imprescindível. “É a complementação para gerar os anticorpos contra o coronavírus. Para quase todas as vacinas há necessidade dessa complementação. Então as pessoas têm que ter essa consciência. Sem a segunda dose a pessoa não fica imune, pode ficar doente. Inclusive, há um período depois da segunda dose, cerca de três semanas, em que a pessoa não fica totalmente imune.”

O deputado também critica o comportamento de pessoas que estariam escolhendo a marca de vacinas. “Todas as vacinas são eficientes. Qual é que mais protege ainda não sabemos, a ciência não sabe. O importante é se vacinar.”

Ele ressalta que a vacina, seja de qual marca for, combate o vírus. "Com a vacinação de todos, será possível reduzir o número de pessoas em UTIs e os números de mortes".

Como neurologista, Caropreso tem atendido semanalmente pacientes com sequelas da doença. “Muitos reclamam da falta de memória, da falta de concentração e da organização da vida delas e, acima de tudo, dependendo do que aconteceu na família, de ansiedade e medo.”

Ele complementa: “Essa doença muda todo o equilíbrio emocional da família. É devastador o impacto que essa pandemia trouxe para a vida das pessoas e o único jeito para sobreviver é se cuidar e tratar quando necessário.”

A primeira dose
Mariana Vandresen aguarda a segunda dose da vacinaA oceonógrafa Mariana Vandresen recebeu a primeira dose contra a Covid-19 em junho por ser da área da educação e, apesar de algumas reações, está ansiosa para receber a segunda dose. “Ao tomar a primeira dose tive algumas reações como febre, calafrios e enjoos, mas foi tranquilo. Foi uma noite apenas, mas como tive orientações do profissional da saúde de que isso poderia ocorrer, deu tudo certo. Nada se compara ao risco de pegar o Covid.”

Mariana disse que alguns de seus familiares foram contaminados e, por isso, estava ansiosa para ser vacinada o quanto antes. “Não estamos em condições de escolher marcas de vacinas. Elas salvam vidas e é para todo mundo ficar imune. Não dá para ficar escolhendo vacina. E quem tomou a primeira dose deve retornar para tomar a segunda dose”, defende.

Eficácia das vacinas
Comparar a eficácia das vacinas e tentar eleger a melhor entre elas pode levar a conclusões enganosas. Isso porque os imunizantes foram desenvolvidos a partir de técnicas diferentes e testados em momentos, locais e em populações com nível de exposição ao vírus diferentes, explica a médica infectologista da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC), Regina Valim. “Houve rigor científico em todos os testes e dados que comprovaram segurança e eficácia.”

Ela salienta que a velocidade da imunização da população dependerá do acesso às vacinas. “Se a gente continuar a ter acesso aos imunizantes em grande escala, conseguiremos atender as metas estabelecidas pelo governo federal e estadual, mas temos que ficar atentos quanto à segunda dose. Só vamos ficar devidamente imunizados quando todos tomarem as duas doses, uma única não tem eficiência.”

Regina Valim, médica infectologista da Dive/SCA médica alerta que é necessário melhorar a informação às pessoas. “Infelizmente, enfrentamentos muitas fake news, precisamos melhorar a comunicação e informar à população que tem que ter as duas doses contra o Covid-19”. Em relação às possíveis reações, ela salienta que quem teve um evento adverso após a primeira dose dificilmente terá alguma reação na segunda dose.

Regina sugeriu que, em municípios menores, as prefeituras devem promover ações alertando as pessoas sobre a segunda dose das vacinas. “Como há um período de tempo grande entre as vacinações, as pessoas esquecem. É necessário um sistema para avisar as pessoas”. Sobre a preferência de marcas de vacinas, a médica afirma categoricamente que a melhor vacina é aquela aplicada. “Todas são eficientes.”

Ela oberva que quanto mais pessoas vacinadas, mas rápido será possível retornar ao “normal” de antes da pandemia. “Em outros países estão utilizando a margem de 60% a 70% para relaxarem o regramento, acredito que no Brasil deverá ser este percentual.”

A médica também faz um apelo para as pessoas irem se vacinar. “Pessoas que não estão indo se vacinar não estão pensando no coletivo. A vacina tem dois benefícios, o individual, e o benefício coletivo. Quando me vacino, protejo o próximo também.”

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