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31/10/2019 - 16h31min

A identidade é fundamental para sustentar uma indicação geográfica

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Arquiteto Fernando Luiz Fontanella
FOTO: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL

Segundo a doutoranda em Sociologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Jéssica Maria Lucion, que estudou o caso da denominação de origem da banana de Corupá, a identidade é um dos elementos fundamentais para sustentar uma indicação geográfica.

“A identidade é algo que é construída, que precisa ser constantemente resgatada para que os atores não esqueçam a que grupo e a que território pertencem”, defendeu Lucion durante o 8º Seminário Catarinense de Indicação Geográfica, que prossegue na tarde de quinta-feira (31), na Assembleia Legislativa.

De acordo com Lucion, em Corupá a narrativa identitária foi construída a partir de elementos simbólicos como a Festa da Banana, festivais gastronômicos, concursos, produção de artesanatos a partir da fibra da banana e associação com eventos esportivos como o Trilhão da Banana e o Bananalama.

“São estratégias para resgatar, formar e disseminar o imaginário territorial, como foco nos elementos gastronômicos e de eventos”, destacou a pesquisadora.

Turismo e indicação geográfica
Já o arquiteto Fernando Luiz Fontanella observou os efeitos do turismo em uma área com indicação geográfica, no caso a produção de uvas goethe na região de Urussanga.

“O sistema turístico fica mais complexo, com rotas alternativas, menores, que partem da área rural em direção à urbana. Também podemos dizer que o turismo relacionado à indicação geográfica se apropria de elementos que já estão postos, como o patrimônio histórico, a oferta gastronômica, hospedagem e serviços de apoio ao turista”, afirmou Fontanella. 

Para a professora da UFSC, Thaise Guzzatti, o turismo valoriza os recursos locais e auxilia na diferenciação de um território pelos produtos e serviços que oferece. Thaise citou o exemplo de Urubici com o projeto Acolhida na Colônia.

“Para três das cinco propriedades visitadas o agroturismo é a principal fonte de renda. Isso muda muito a relação entre produção e comercialização, uma vez que o produto é valorizado na mesa, com refeições baseadas em produtos típicos”, informou Thaise, referindo-se ao pinhão, truta, rosca de coalhada, queijo serrano, mel de melato de bracatinga, geleias e doces.

“A rosquinha de coalhada tem tanto sucesso que o mercado local vende a rosquinha congelada e a atendente explica como preparar para não ficar mole. Em Urubici estão bons em agregar valor aos produtos na mesa, vendendo o excedente para as visitas”, relatou a professora.

 

 

Vítor Santos
Agência AL

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