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05/06/2014 - 12h54min

UPM é ponte entre estudantes brasileiros e governo boliviano

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Debate evolui e Grupo de Trabalho será criado

Nesta terça-feira (03jun14) voltou ao Brasil a comitiva formada por deputados brasileiros que estiveram em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, desde o dia 30 de maio para ouvir reivindicações de alunos brasileiros que vêm encontrando dificuldades com trâmites burocráticos no país andino.

A comitiva, formada pela deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC) e pelos deputados estaduais Kennedy Nunes (PSD-SC), Eduardo Farias (PCdoB-AC), Francisco Souza (PSC-AM), Wanderlei Barbosa (PSB-TO) e Wilson Lisboa (PCdoB-AM), reuniu-se com alunos, reitores das universidades locais, Parlamento boliviano, os ministérios da Educação e da Saúde e a Embaixada do Brasil.

A exemplo do encontro ocorrido em outubro de 2013, os deputados ouviram dos estudantes reclamações sobre a burocracia para se conseguir visto permanente e as dificuldades para realização de estágios e do exame de grado. Em conversa com os ministérios e os reitores, a comitiva brasileira, liderada pela deputada Perpétua, articulou soluções para fortalecer a integração entre os dois países, incluindo a efetivação da Bolívia como membro do Mercosul. "A Bolívia está perdendo estudantes para Peru, Paraguai, Uruguai e Argentina porque esses países oferecem facilidades aos estudantes do Mercosul. Num cálculo rápido, hoje entram na Bolívia quase 300 milhões de dólares por ano só com a ida de estudantes brasileiros. Um mercado que não pode ser ignorado", comentou o deputado Kennedy Nunes durante o encontro.

Falta de comunicação

O encontro entre a comitiva e os ministérios da Educação e da Saúde mostrou que a falta de comunicação entre o Estado boliviano e os estudantes brasileiros é um dos entraves. Tanto os estudantes não sabiam de ações do governo, como o governo não tinha conhecimento dos problemas enfrentados pelos estudantes. Os deputados brasileiros fizeram a ponte para esclarecer vários pontos divergentes.

Soluções

Esta visita à Bolívia foi considerada pela deputada Perpétua como a mais produtiva das três realizadas. Veja abaixo o resultado do encontro.

Vistos

A orientação da Embaixada brasileira é que o estudante que pretende estudar na Bolívia tire o visto ainda no Brasil, para evitar aborrecimentos. O acordo bilateral entre os países acelera o processo, no entanto, por desconhecimento, muitos estudantes saem do país com o visto para turista.

Exame de grado

Após a visita dos deputados em outubro de 2013, o presidente Evo Morales baixou um decreto dando seis meses para que o Ministério da Educação realize o exame. A partir de julho, um site disponibilizará informações sobe os processos de cada aluno.

Provincia (residência)

Por falta de locais para estágios, muitos alunos são obrigados a esperar até dois anos para conseguir realizar sua provincia (equivalente à Residência no Brasil), a comitiva pediu que se avaliasse a possibilidade do internato fosse feito no Brasil, com o reconhecimento das instituições bolivianas.

A burocracia

Os deputados solicitaram aos reitores que sejam mais rígidos na inscrição dos alunos porque, na tentativa de facilitar o ingresso ao curso, as universidades fazem vistas grossas à falta de um carimbo, ou mesmo um documento. Isso vai causar grande transtorno depois, impedindo a realização do exame de grado.

Grupo de encontros

Por solicitação da deputada Perpétua, será criado um Grupo de Trabalho, onde terão acento o Ministério da Saúde, o Ministério da Educação, a Associação das Universidades Privadas, o Conselho das Universidades Públicas e representante dos alunos. Esse grupo deverá ser capitaneado pelo Congresso Nacional da Bolívia através da Comissão de Educação e reunir-se periodicamente para tratar assuntos como os discutidos durante o encontro com a comitiva brasileira.

Mais médicos

Podem inscrever-se no Mais Médicos países que tenham pelo menos 2,8 médicos para cada mil habitantes. Enquanto Cuba conta com 6,8 médicos para cada mil habitantes e a Espanha 3,2; a bolivia possui apenas 1,7 médicos por mil habitantes; no entanto, forma médicos em quantidade suficiente para ingressar no Programa Mais Médicos. Isso não acontece porque os formandos recebem o diploma, mas não o registro profissional, por não terem visto de trabalho permanente no país. A sugestão apresentada foi de as instituições darem, a exemplo do Brasil, o registro como clínico geral, depois o estudante busca a especialidade médica. Para o deputado Kennedy, a Bolívia vai aumentar seu índice de médicos por habitantes e os formandos poderão participar do Programa Mais Médicos. "Seria interessante que médicos brasileiros egressos das universidades bolivianas pudessem participar do Mais Médicos e ocupar as inúmeras vagas existentes", vislumbra Kennedy.

Jura Arruda

Coordenador de Comunicação


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