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04/02/2016 - 12h39min

Produtores de maçã retomam mobilização e pedem ajuda ao governo

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Deputado Gabriel Ribeiro em reunião com o governador Colombo

Terminada a trégua dada no final do ano passado, os produtores de maçã voltam a perder o sono e a se mobilizar contra a importação de maçã chinesa. Nesta quarta-feira, o deputado Gabriel Ribeiro (PSD) acompanhou uma comissão de pomicultores numa reunião com o governador Raimundo Colombo, a quem expuseram dois problemas: o seguro dos pomares e a compra da fruta asiática.

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã, Pierre Pérés, fez uma exposição detalhada dos problemas. Disse que os pomares estão 40% cobertos por seguro e que falta a parte do governo federal. Quanto à importação, relataram que a fruta chinesa, se entrar no país, chegará ao mercado com o preço menor do que o custo da produção nacional em virtude dos altos subsídios dados pelo governo daquele país à fruticultura. Além disso, a importação poderá trazer de volta a praga cydia pomonella, erradicada do Brasil em 2014.

Os pomicultores enfatizaram que a importação teria um forte impacto econômico e social na Serra Catarinense, especialmente em São Joaquim, e também na região de Fraiburgo, principais produtores da fruta no Brasil. “São Joaquim vai se transformar numa cidade fantasma”, enfatizou Pérés.

Como membro da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa, o deputado Gabriel Ribeiro lembrou a pressão exercida por parlamentares e produtores catarinenses e gaúchos, no ano passado, em Brasília, o que fez o governo dar um tempo nas negociações com a China, uma trégua de quase três meses.

Resposta
Raimundo Colombo se comprometeu a negociar com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Declarou que, como falta dinheiro no país, haverá dificuldade em obter uma resposta positiva quanto ao seguro dos pomares. Afirmou, porém, que tentará demover a ministra da importação e que a possibilidade da reintrodução da praga é um bom argumento. Ressaltou que explicará a Kátia Abreu o impacto socioeconômico da compra de maçãs chinesas.

Conforme os produtores, se o Brasil comprar a pera asiática não fará diferença para os chineses e não prejudicará os pomicultores nacionais.

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