Produtores cobram facilidade de crédito para melhoria de instalações

A facilitação de linhas de crédito para produtores investirem na modernização de instalações para aves e suínos será motivo de rodada de entendimentos entre o BRDE, Secretaria da Agricultura e entidades representativas do setor. O encaminhamento foi sugerido pelo governador Raimundo Colombo, diante de reivindicações apresentada pelo presidente da Cooperaviso, Orestes Guerreiro, e pelo diretor-executivo do Sindicarne, Ricardo Gouvêa. A sugestão visa atender a perspectiva de aberturas de novos mercados, para manter a competitividade de Santa Catarina no segmento.

A audiência solicitada pelo deputado Moacir Sopelsa (PMDB) serviu para Colombo reforçar a preocupação com a garantia do status sanitário de Santa Catarina, de área livre de febre aftosa sem vacinação do rebanho. O ex-ministro da Agricultura Francisco Turra, que aproveitou para entregar ao governador convite para o 23º Congresso da União Brasileira de Avicultores, a ser realizado em São Paulo no mês de agosto, reforçou a posição ao afirmar que “perante o mundo, Santa Catarina é como um país diferente do restante do Brasil”. O investimento nas 72 barreiras sanitárias estaduais é prioridade na gestão agrícola.

O secretário-adjunto da Agricultura Airton Spies, os diretores do BRDE Renato Vianna e Neuto de Conto e o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) Losivanio Lorenzi também participaram do encontro, no final da tarde de terça-feira(28). O foco central da questão do crédito está na dificuldade para liberação de recursos. “É preciso agilidade, pois o produtor não pode esperar para melhorar suas instalações. Se ele tem garantia de permanecer integrado a determinado frigorífico, e se parte do que vai receber é retido para cobrir o financiamento, então não é justo que ainda se exija mais garantias”, diz Sopelsa. “Santa Catarina tem um status sanitário obtido com sacrifício do produtor, e tem dificuldades para competir com outras regiões do país onde o custo de produção é menor. Então é preciso que os agentes públicos facilitem na melhoria de instalações, que irá refletir na produtividade”, salienta o deputado.