Pelo fim da violência obstétrica
A representante do Coletivo Parto Plural, Lígia Sena esteve na Assembleia Legislativa durante a sessão da tarde dessa terça-feira (6) para falar sobre uma situação de vulnerabilidade vivida pelas mulheres num momento muito importante da vida. A violência antes e durante o parto.
Pesquisa realizada em 2010 revela que uma em cada quatro mulheres é vítima de violência no nascimento dos filhos. O pronunciamento foi acompanhado por diversas mães e seus filhos. A solicitação para o uso da tribuna partiu da Deputada Angela Albino.
A violência no parto também recebe o nome de “violência obstétrica”. É uma forma de violência invisível, pois é naturalizada pelas próprias mulheres e pelas equipes de saúde, interpretada como “de praxe”, “obrigatória” ou “parte de um protocolo”.
No entanto, a Violência Obstétrica envolve uma série de situações físicas e psicológicas que provoquem danos às mulheres tais como: agendar cesarianas sem indicações, fazer uso de procedimentos que causem dor, amarrar a mulher, impedi-la de se movimentar livremente ou de escolher a posição de parto, ofendê-la verbalmente com sentido de diminuí-la ou humilhá-la, entre outros.
A deputada Angela Albino (PCdoB) é autora do projeto de Lei nº 482/2013, que prevê medidas de informação sobre violência obstétrica a gestantes e equipes de saúde, com o objetivo se reduzir as práticas não recomendadas pela organização mundial de saúde.
Angela é co-autora de outro projeto nesse sentido. Junto com o deputado Darci de Matos (PSD) apresentou o PL 208/2013 que prevê a garantia legal da presença das doulas (profissionais devidamente preparadas para acolher física e emocionalmente a parturiente) durante o trabalho de parto, parto e pós-parto.
Aos deputados, Ligia Sena pediu a rápida tramitação e aprovação dos PL's que asseguram a presença de doulas durante o trabalho e parto e do que visa coibir a violência obstétrica em Santa Catarina, bem como o envolvimento ativo dos representantes políticos do Estado nas diversas frentes de combate à violência obstétrica.
Assessoria da Deputada Angela Albino - PCdoB
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