Sopelsa cobra posição de Moisés sobre fechamento de agroindústria
O deputado Moacir Sopelsa (MDB), vice presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa, participou na tarde desta segunda-feira (18) da reunião da colegiado que debateu a situação das agroindústrias em relação ao combate da pandemia do coronavírus.
O fechamento do frigorífico em Ipumirim foi um dos assuntos da pauta. Ao tomar conhecimento de que a Secretaria de Estado da Saúde e a vigilância sanitária de Santa Catarina não participaram do processo de decisão que definiu pelo fechamento da planta frigorífica, Sopelsa defende que o governador precisa tomar uma posição. “A informação de que o secretário da saúde e o governador não foram informados sobre as razões para o fechamento é gravíssima. Se a decisão pelo fechamento veio de Brasília, o tempo da ditadura já passou e o governador precisa tomar posição e trazer os esclarecimentos”, alerta.
Sopelsa reiterou a importância da defesa da vida das pessoas. “Não tenho dúvida de que a vida deve estar em primeiro lugar. Eu sei que uma vida não tem preço e não tem volta. É preciso seguir todos os protocolos de segurança, mas parece que a situação não está sendo tratada com a devida seriedade.”
O parlamentar defende que as decisões envolvendo as agroindústrias e o setor produtivo devem ser tomadas com a participação da Secretaria de Estado da Saúde, da vigilância sanitária e das entidades que representam o setor. “Primeiro é preciso debater as questões e tentar encaminhar as soluções. A cadeia de produção envolve a vida de muitas famílias, o fechamento de uma agroindústria deve ser uma decisão extrema”, aponta Sopelsa.
Pelos dados apresentados na Comissão de Agricultura, com o fechamento da agroindústria em Ipumirim, cerca de 1,2 mi (um milhão e duzentas mil aves) deixam de ser abatidas por semana, o que causa um grande impacto econômico para a indústria e os produtores.
Sopelsa também questionou os encaminhamentos em relação à produção. “Precisamos saber a decisão sobre o destino da produção. Se vai para para o abate em outras plantas ou serão sacrificados. Dependendo do encaminhamento o prejuízo será ainda maior.”