Cobalchini: fusão de municípios é um retrocesso no desenvolvimento de SC
O debate sobre o estudo realizados pelo Tribunal de Contas do Estado, que sugere dentre outras medidas a possibilidade de fusão de municípios com menos de 5 mil habitantes, foi pauta na Assembleia Legislativa nesta quinta-feria (28). O deputado Valdir Cobalchini (MDB) usou a tribuna para dar destaque ao assunto.
De acordo com o deputado, o debate é um retrocesso para o desenvolvimento catarinense. “Há 16 anos discutia-se aqui um modelo de governar que fosse capaz de conter fenômenos como a litoralização, que esvaziava dramaticamente o interior de nosso estado, inchando as grandes cidades do litoral, e o êxodo rural. Implantou-se uma política de fortalecimento regional, incentivando a agricultura familiar e levando acesso asfaltado a todos os municípios. Santa Catarina avançou. Agora vamos dizer para esses municípios, que mudaram sua realidade, que eles não precisam mais existir? ”, questionou o parlamentar.
Segundo Cobalchini, o Parlamento não pode ficar omisso diante do levantamento divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado, que considera a administração dos pequenos municípios inviável. “Eu desafio os auditores responsáveis pelo levantamento a visitar cidades como Saltinho, e conversar com as famílias empregadas nas novas fábricas locais. Perguntem para o agricultor de um desses pequenos municípios “inviáveis”, o que mudou nos últimos anos."
Como presidente da Frente Parlamentar que incentiva ações e propostas para combater as desigualdades regionais, Valdir Cobalchini promoveu o avanço no debate de políticas públicas que estimulem o desenvolvimento. “Esse sim é assunto para discussão neste parlamento. Proponho a discussão de políticas de incentivo às empresas que se instalem no interior de Santa Catarina, provendo nossas pequenas cidades de mais emprego e renda. Estimulando o crescimento econômico e, assim, as receitas das administrações municipais.”
Conforme dados apresentados pelo deputado, em 2005, as 20 cidades que mais cresciam em Santa Catarina eram litorâneas e as 20 que mais decresciam eram das regiões serrana e oeste. “Nas cidades empobrecidas na época registrava-se principalmente a falta de acesso asfaltado e de apoio à agricultura familiar. Melhorar as condições de vida nas cidades com baixos indicadores sociais foi meta perseguida nos últimos 16 anos.”
Sabryna Sartott - (48) 99671-0063
Assessora de Comunicação