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24/11/2014 - 16h44min

No Dia do Rio, Padre Pedro cobra gestão hídrica para preservação

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Santa Catarina comemora hoje 24 de novembro o Dia do Rio, data oficial do calendário do Estado. Criado a partir da Lei 13.748, de 2006, o Dia do Rio tem o objetivo de lembrar a importância da água para a humanidade realizando seminários, debates e eventos em regiões de grandes mananciais hídricos.

Cerca de 14% das águas de rios do mundo estão no Brasil e 72% do território brasileiro é coberto por três grandes unidades hidrográficas, as bacias do Amazonas, São Francisco e Paraná. “Isso justifica que tenhamos uma preocupação ainda maior com a conscientização das crianças e adolescentes, e com a cobrança dos poderes públicos em relação a ações objetivas de preservação”, afirma o deputado Padre Pedro Baldissera (PT), autor do projeto que resultou na criação do Dia do Rio.

Ele destaca os avanços nos debates com a população na questão da preservação dos recursos hídricos, mas lamenta a ausência de ações objetivas por parte dos poderes públicos. “Hoje nós temos escolas de ensino fundamental e médio realizando atividades de conscientização e as próprias crianças já multiplicam informações importantes. Esta postura contrasta, no entanto, com a dificuldade em se aprovar leis e se organizar planos de gestão hídrica com objetivos concretos”, afirma o parlamentar.

A situação, segundo o deputado, é preocupante. Um estudo divulgado em 2013 pelo projeto Rede Aquífero Guarani/Serra Geral, com o apoio do Fórum para Preservação do Aquífero Guarani, presidido por Padre Pedro, aponta que a mais importante reserva de água doce da América do Sul – e presente em mais de 50% do subsolo catarinense –, o Aquífero Guarani, pode estar sob ameaça. A força-tarefa de cientistas que desde 2008 estuda e monitora a qualidade das águas do Aquífero Guarani apontou que em 316 poços de uso público analisados nas cidades abastecidas pelas bacias dos rios Jacutinga, do Peixe e Chapecó, no Oeste, 60% apresentaram a presença de coliformes fecais.

“A situação no Oeste, por exemplo, é complexa. Os estudos apontam uso inadequado dos recursos hídricos, comprometendo os rios, além do esgoto que é jogado sem nenhum tratamento”, complementa Padre Pedro. 

Segundo o estudo, em Presidente Castelo Branco, Arvoredo, Xavantina, Paial, Peritiba, Ouro, Alto Bela Vista e Lindóia do Sul, abastecidos pela Bacia do Rio Jacutinga, 100% dos poços estão contaminados, segundo a análise. Ainda, os rios do Oeste apresentam grande carga de poluição orgânica. Todas as amostras coletadas nos rios do Peixe, Jacutinga, Alto Rio Uruguai e Chapecó apresentam teor alto de coliformes fecais. No Rio do Peixe, por exemplo, as oito amostras coletadas em 2012 apontaram para qualidade ruim, abaixo do nível 50, numa escala técnica que vai até 100.

Os pesquisadores recomendam, conforme o parlamentar, um sistema que intensifique o monitoramento dos rios e uma política de controle sobre os principais emissores. “Nós já temos equipes trabalhando e basta que os poderes públicos, de todos os níveis, invistam no monitoramento e em educação ambiental nas comunidades", complementa Padre Pedro.

Atividades nos municípios

Até o ano de 2013 o Dia do Rio já reuniu mais de 15 mil pessoas, entre alunos de escolas públicas e privadas e comunidades, em atividades de conscientização e debates sobre gestão hídrica e preservação. O maior dos eventos aconteceu em 2012, quando foram reunidos mais de 1 mil alunos no município de Água Doce e outras 1 mil pessoas em Itapiranga. Em outras regiões as escolas realizam atividades conjuntas, como aconteceu em Campo Erê, quando todo município se mobilizou para formular a Carta de Campo Erê, um documento que aponta objetivos claros de preservação para a região, que fica no Extremo Oeste do Estado.

 

(48)9947-2049
(48)3221-2726
Comunicação
Mandato Popular
Deputado Padre Pedro Baldissera

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