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10/12/2019 - 15h35min

Mauro De Nadal dá início ao projeto “Gabinete Lixo Orgânico Zero”

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Deputado Mauro de Nadal acompanha o processo de compostagem elaborado pelo professor do CAV/Udesc, de Lages, Germano Güttler

O vice-presidente da Alesc, deputado Mauro de Nadal (MDB), em iniciativa inovadora e voltada a proteção do meio ambiente, deu início nesta terça-feira (10) ao projeto “Gabinete Lixo Orgânico Zero”. A iniciativa do parlamentar tem origem em parceria com a Universidade Do Estado De Santa Catarina, por meio do departamento de Agronomia, e busca eliminar o lixo orgânico produzido no gabinete, mediante destinação ambiental adequada. “Defendemos a bandeira de preservação do meio ambiente desde o começo do nosso mandato. Já criamos leis como a que dá destinação correta aos animais mortos, que eram enterrados de forma inadequada e prejudicavam o lençol freático. Também defendemos a redução do ICMS para a energia fotovoltaica, incentivando assim os catarinenses na utilização de energias renováveis. Hoje damos início a um outro projeto, que transformará o lixo orgânico produzido em nosso gabinete em material orgânico junto a floreiras da Alesc. Um processo fácil e prático. Uma solução para uma demanda que a cada ano cresce e é debatida por todos, que é correta destinação das sobras orgânicas ”, comenta De Nadal.

Uma jardineira foi instalada na laje do Palácio Barriga Verde para receber os resíduos orgânicos do gabinete do deputado. De acordo com o parlamentar, a ideia é demonstrar na prática o funcionamento do projeto e aproveitar tudo que é orgânico. “O objetivo é, nesse espaço que temos aqui na Assembleia, demonstrar como funciona e reaproveitar tudo isso por meio do plantio de uma hortaliça, de uma flor”, explicou o vice-presidente. “Este trabalho experimental aqui na Assembleia vai servir como base para a gente divulgar em todos os gabinetes e buscar a adesão dos nossos colegas deputados com suas equipes de trabalho.”

O “Gabinete Lixo Zero” é o pontapé inicial de um projeto maior.  O passo seguinte é promover uma série de reuniões, começando por três municípios do Extremo-Oeste – Dionísio Cerqueira, Cunha Porã e Cordilheira Alta – para um trabalho de conscientização que vai levar a ideia a escolas municipais e estaduais da região. “Porque o grande divulgador e maior beneficiário deste projeto é o aluno, que vai levar este experimento para casa e lá fazer todo o aproveitamento deste lixo orgânico”, afirmou Nadal. “Este é o nosso objetivo, eliminar o lixo orgânico que vai para os aterros e outras destinações e fazer dele algo rentável.”

O método desenvolvido pela Udesc, consiste em colocar o lixo orgânico produzido em um canteiro, com camadas grossas, de 15 a 20 cm e coberto com material orgânico de mais difícil decomposição, como serragem ou folhas trituradas. O canteiro passa a ser uma espécie de composteira. Segundo o professor de Agronomia da Udesc, Germano Güttler, o projeto pode ser realizado em qualquer espaço aberto, necessitando apenas de uma pequena área de terra, mas que requer uma série de cuidados para que não ocorram problemas como mau cheiro, presença de insetos, formação de chorume ou aparência desagradável.

Tecnologia social
O chamado “Método Lages de Compostagem” foi desenvolvido pelo professor Germano Güttler, do CAV, em 2010. As vantagens, segundo o criador do método, são o custo baixo e simplicidade . “É um sistema extremamente barato, muito simples e que a gente chama de tecnologia social, ou seja, qualquer pessoa – não precisa ser agrônomo, não precisa ser biólogo – aprende muito rapidamente e imediatamente vai dar destino correto aos resíduos orgânicos de casa e do local de trabalho, sem nenhuma preparação mais complexa”, garantiu o professor, que classifica o projeto como “a solução definitiva para os resíduos orgânicos das cidades do Brasil”.

Güttler explicou que uma das diferenças deste método para as composteiras tradicionais é que este não serve somente de adubo para o plantio de alimentos. “A horta é a própria compostagem, o canteiro é a compostagem. E é por isso que ele é muito fácil de ser feito. Hoje fizemos numa jardineira, mas ele pode ser feito no chão. Ninguém precisa usar pá ou enxada, ninguém vira terra.”

Ele também aponta a economia de água como uma vantagem. “À medida que ele vai compostando, com 20 a 30 dias ele forma uma capa de húmus muito grossa e aquilo tem uma retenção de água muito grande – então não precisa molhar.”

Exemplo
Para o reitor eleito da Udesc, Dilmar Baretta, a iniciativa do gabinete do deputado Mauro de Nadal pode servir de exemplo não apenas aos outros setores da Assembleia, mas também para instituições de ensino superior e, em especial, as escolas dos municípios. “Tenho certeza de que esse projeto vai continuar em outras regiões e se expandir por todo o Estado. Essa é a perspectiva da universidade, por meio do trabalho do professor Germano, levando este método para todas as escolas.”

Com apoio da Agência AL



Simone Sartori
Jornalista
(48)9137 7124

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