Eskudlark vê mais contradições do governo em contrato com hospital de SP
Deputado defende que o dinheiro seja investido em instalações permanentes nos hospitais catarinenses
As cobranças da sociedade, deputados e da justiça catarinense surtiram efeito. O governador Carlos Moisés anunciou na quinta-feira (16) o cancelamento da licitação para a construção de um hospital de campanha no Centro de Eventos de Itajaí, com custo de R$ 76,9 milhões, para seis meses, que seria utilizado para o combate ao Covid-19, contrato esse com um Hospital Psiquiátrico de Catanduva, município do estado de São Paulo, cujo capital social equivale a 5% do contratado com o governo de SC.
Mauricio Eskudlark (PL), que foi o primeiro deputado a fazer a denúncia sobre possíveis irregularidades deste processo que ocorreu em menos de 24 horas, comemorou a decisão. “Me manifestei através das redes sociais e nas sessões da Assembleia Legislativa, pois não concordava com os valores e a forma obscura que ocorreu todo o processo, como deputado minha função é fiscalizar e defender os interesses do povo catarinense”, disse.
O deputado defendeu também que o investimento milionário que seria feito em estruturas temporárias neste hospital de campanha seja repassado aos hospitais de Santa Catarina. “Temos vários hospitais no estado, como o Hospital Regional de Chapecó com condições físicas de instalar de imediato mais 60 leitos de UTI, o hospital Santa Inês de Balneário Camboriú mais 40 leitos de UTI, temos também o Marieta em Itajaí, o Teresa Ramos de Lages, vários hospitais importantes onde estes recursos auxiliariam no combate a pandemia e ainda deixariam um legado ao povo catarinense”, desabafa Eskudlark.
O parlamentar estranhou que no mesmo anúncio de cancelamento do contrato denunciado o governador adiantou a possibilidade de lançar um edital para contratar mil leitos de UTI junto a um novo edital com essas "estranhas" instituições, deixando de lado compromissos, emendas dos deputados e convênios de investimentos na rede hospitalar catarinense.