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27/11/2009 - 13h36min

Dos Gabinetes - Jailson homenageia movimento estudantil em ato solene pelos 30 anos da Novembrada

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O deputado Jailson Lima da Silva (PT) promove, no dia 30 de novembro, ato solene no Auditório Deputada Antonieta de Barros, a partir das 19 horas, para marcar os 30 anos da Novembrada e homenagear o movimento estudantil catarinense. O ponto alto do evento é o lançamento do livro “Abaixo as Ditaduras – História do Movimento Estudantil Catarinense 1974-1981”, de autoria do desembargador Lédio Rosa de Andrade, e a apresentação do documentário de mesmo nome, com roteiro e direção da jornalista Ana Maria Lima de Carvalho. O livro sai do prelo pela Editora Conceito, de Florianópolis, que contabiliza mais de 170 obras editadas. Os deputados federais Décio Lima e Ciro Gomes, assim como o deputado Jailson Lima da Silva, estão entre as lideranças estudantis do final da década de 70 do século passado cujos testemunhos estão nas duas obras. O atual deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB), que presidia a União Nacional dos Estudantes na época, também dá seu testemunho e sua presença também é esperada no ato solene que vai contar com a presença da senadora Ideli Salvatti (PT-SC) e tem a presença confirmada de Ciro. As duas obras, automaticamente, desembocam na Novembrada, nome dado ao acontecimento mais marcante da retomada do movimento estudantil reprimido desde a década de 60, quando o último presidente da ditadura militar, general João Figueiredo, apesar dos esforços do atual democrata e então governador biônico, Jorge Bornhausen para “manter a boiada quieta”, quase apanhou da população. Quem apanhou foi o ministro Cesar Calls, das Minas e Energia, já que tanto o presidente militar, que não gostava de gente, quanto ele, acabaram descendo do balcão imperial do Palácio Cruz e Sousa para tentar calar “no braço” a população revoltada. Os servidores públicos tinham sido obrigados, por determinação do governador dos ditadores, a ir recepcionar o Figueiredo. A inflação galopava freneticamente, a gasolina estava ficando fora do alcance da maioria, ao mesmo tempo em que o movimento estudantil tomara novo fôlego mobilizando uma massa que tomou conta da Praça XV com cartazes e palavras de ordem contra a ditadura e o caos econômico que imperava. A Praça transformou-se num verdadeiro palco de guerra naquele novembro de 1979, e nada era divulgado nos meios de comunicação de forma coerente e que efetivamente informasse sobre o que estava acontecendo, algo que ainda permanece nos dias atuais. A cavalaria do Exército cercou a Praça XV, apontando ostensivamente as baionetas contra qualquer pessoa que tentasse atravessá-la. Nas primeiras horas do dia seguinte, com o beneplácito do agora “kaiser democrata”, cinco estudantes estavam presos e enquadrados na famigerada Lei de Segurança Nacional (Geraldo Barbosa, Newton Vasconcelos, Amilton Alexandre, Rosângela Koerich, Souza e Marise Lippel) e outros dois (o presidente do Diretório Central dos Estudantes da UFSC, Adolfo Dias, que já faleceu, e sua namorada Ligia Giovanella), conseguiram se esconder por um tempo. Dali para frente, as mobilizações aumentaram. Os sete estudantes levaram três anos para serem “desenquadrados” da Lei de Segurança Nacional. A base do livro e do documentário Abaixo as Ditaduras é a descrição da história do movimento estudantil que fez frente ao regime militar autoritário, abrangendo a fase em que a repressão aos movimentos contrários era violenta e cruel, e o início do processo de transição para o sistema democrático que recém está se consolidando nos dias de hoje. “Havia a oposição permitida e a perseguida. Esta teve seus membros levados à ilegalidade e caçados como subversivos, fato que resultou em torturas, mortes e outros atos de barbárie”, relata o escritor. Apenas para refrescar a memória, em 1975, a denominada Operação Barriga Verde prendeu e torturou barbaramente 42 catarinenses que pertenciam ao PCB (Partido Comunista Brasileiro). A produção do livro foi realizada a partir de uma pesquisa nos arquivos de jornais de circulação estadual de 1974 a 1981. Além disso, Ana recorreu aos arquivos da UFSC e acervos particulares, como o do jornalista Celso Martins, que cobria a visita do general Figueiredo pelo extinto jornal O Estado, era integrante do PCB e também dá seu testemunho na obra do desembargador Lédio. Isto resultou em mais de 500 reproduções de notícias, fotos e documentos que formam a base documental do livro e são também utilizadas no documentário. Mirela Maria Vieira Assessora de Imprensa do deputado Jailson Lima (48) 3221-2638
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