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25/05/2009 - 12h49min

Dos Gabinetes - Faccionistas do Alto Vale vão organizar associação

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Deputado Jailson Lima (PT)
Faccionistas de Salete, Lontras, Pouso Redondo, Agrolândia, Rio do Oeste, Rio do Sul e Laurentino, presentes à audiência pública realizada na última quinta-feira (21) pelo deputado Jailson Lima da Silva (PT), segundo vice-presidente da Assembleia Legislativa, formaram uma comissão para elaborar proposta de organização dos faccionistas da região do Alto Vale. Integram também esta comissão o Sindicato dos Trabalhadores no Setor Têxtil e do Vestuário, Zeli da Silva, que solicitou a audiência pública ao parlamentar; o presidente da Associação das Micro e Pequenas Empresas do Alto Vale, Erimar de Souza, e o secretário da Indústria e Comércio de Rio do Sul, Marco Aurélio Rozar. “Com a proposta elaborada promoveremos uma assembleia ou seminário, reunindo todos novamente para avaliar e aprovar a formação da associação, ou outra forma de organização, conforme o que a comissão vir a propor”, adiantou o deputado ao concluir a audiência. A audiência foi realizada no plenário da Câmara de Vereadores de Rio do Sul, que recebeu o título de Capital Catarinense do Jeans por lei de autoria do deputado Jailson. A presidente do Sindicato vai ampliar a participação na comissão trazendo para o fórum de discussão, representantes de faccionistas, e das prefeituras, de todos os municípios da região. “Saio daqui satisfeita com o resultado desta audiência. Temos agora, um começo real para o processo de organização desta categoria que, unida, tem um poder enorme, tanto econômico quanto nas relações de trabalho”, salientou Zeli. A entidade que vai ser formada a partir disso, enfatizou, terá poder para conseguir preços melhores para o seu produto; de oferecer condições de trabalho adequadas aos seus empregados e para a própria facção; de bancar uma assessoria jurídica e econômica, de promover qualificação e inovação, entre outras vantagens. “A terceirização é um fenômeno global que, hoje, vejo como uma das principais alavancas da economia de uma cidade. Mas, é fundamental que não permitamos que a terceirização seja sinônimo de precarização das condições de trabalho e de produção”, disse Jailson, corroborando com a tese do promotor do Ministério Público do Trabalho, Éder Sievers, que fez uma exposição sobre sua experiência com os problemas trabalhistas enfrentados pelo setor. “O Ministério Público tem o papel chato, porém fundamental para a sociedade, de colocar o dedo no creme do bolo no meio da festa para verificar se está azedo ou não. E pior, temos a obrigação de denunciar ali mesmo, na frente de todo mundo que o bolo está estragado”, comparou o promotor. E enfatizou aos presentes a necessidade de buscarem, de todas as formas, assegurar o cumprimento dos direitos trabalhistas, buscando formas de negociação através do Sindicato e se amparem com documentos dos compromissos assumidos pelas empresas contratantes. “Nunca recebo antes do dia 10 das empresas, o que significa que descumpro a lei que manda pagar até o 5º dia útil do mês. Durante três meses do ano, eles simplesmente suspendem as compras. E em períodos de pico, querem o impraticável, que obrigaria meus funcionários a trabalhar 12, 16 horas por dia. Eles são humanos! Não máquinas. Então, quando penso que vou conseguir dormir porque assegurei o 13º dos meus funcionários, a insônia volta com a preocupação de como vou pagar o próximo salário”. O relato é de Ana Cipriano, proprietária de uma facção há mais de 12 anos. De acordo com ela, as empresas pagam, no caso de uma calça jeans, por exemplo, no máximo R$ 3,50 por peça. “Isso mal cobre os custos trabalhistas. O mínimo seria de R$ 6,50 por peça”, informou. Até outubro do ano passado, a facção de Ana empregava 38 pessoas. Hoje, ela está apenas com nove. O faccionista Rivelino Kletemberg, que tem sua facção em Lontras, junto com a mulher, cobrou ação efetiva das prefeituras. “Eu não quero sair do meu município e não vou sair. Quero que o poder público pare de olhar para nós como se fossemos problema. Somos parte da solução econômica. É melhor ter uma vizinhança desenvolvida, trabalhando, economicamente ativa, do que uma vizinhança pobre subdesenvolvida, onde a pobreza abre caminho para a marginalização”, desabafou. Participaram da audiência ainda o representante do Ministério do Trabalho em Santa Catarina, Roque Torres, José Constante, prefeito de Agrolândia, – que terá representação na comissão -, a presidente da Câmara de Vereadores de Salete (integrante da comissão), Anadir Koch Belli (PP); o vereador Almir da Barra (PT); a médica cardiologista Dayse Denise, que é esposa do deputado Jailson; o advogado Marco Tessari; a coordenadora do mandato do deputado, Regina Garcia Ferreira, e o assessor parlamentar Tarcísio Kock. Assessoria de Imprensa (48) 3221 - 2638
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