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21/03/2017 - 13h42min

Dia Internacional de Combate ao Racismo

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Deputado Dirceu Dresch
FOTO: Solon Soares/Agência AL

Alesc promove debate de projeto que pretende corrigir injustiça contra Poeta Cruz e Sousa

Para marcar a passagem do Dia Internacional de Combate ao Racismo, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina realiza nesta terça-feira (21) audiência pública para debater o Projeto de Lei 379/2016, que reconhece simbolicamente o poeta catarinense João da  Cruz e Sousa como promotor público, direito que lhe foi negado 133 anos atrás, devido à cor da sua pele. O evento acontece no Plenarinho do Legislativo, às 19 horas, e será realizado pela Comissão de Direitos Humanos.

O projeto, de autoria do deputado estadual Dirceu Dresch (PT), está em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), sob relatoria do deputado Rodrigo Minotto (PDT), e foi remetido ao Ministério Público Estadual para que se manifeste sobre a proposta.

A realização desta audiência, além de trazer entidades sociais e representantes dos poderes públicos para discutir a proposição, também servirá para uma ampla reflexão sobre a passagem do Dia Internacional de Combate ao Racismo. "Nossa proposta tem esse cunho, a necessidade de se rever o nosso processo histórico de injustiças praticadas contra o povo negro. A discriminação que Cruz e Sousa sofreu continua todos os dias, com a vitimização da juventude pobre e negra no Brasil”, opina Dresch.

História
Em 1883, durante a monarquia, o então presidente da Província de Santa Catarina, Francisco Gama Rosa,  nomeou João da Cruz e Sousa promotor público de Laguna, mas o poeta não pôde tomar posse do cargo devido à pressão de  políticos locais, que não aceitaram um negro ocupando o cargo. Pesou ainda o fato de que, na época, Cruz e Sousa já se destacava como fervoroso conferencista em prol da abolição da escravatura.

João da Cruz e Sousa nasceu em Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis, no dia 24 de novembro de 1861. Filho de escravos alforriados, faleceu pobre  em 1898, no interior de Minas Gerais, vítima de tuberculose. Criado com a família do marechal Guilherme Xavier de Sousa, teve acesso a uma educação refinada, aprendeu francês, latim e grego, além de ter sido discípulo do alemão Fritz Müller, com quem aprendeu matemática e ciências naturais.

É considerado o mais importante escritor do período simbolista. Suas obras Missal (1893) e Broquéis (1893) são consideradas o marco inicial do simbolismo no Brasil, que perduraria até 1922, com a Semana de Arte Moderna.  Também publicou Tropos e Fanfarras (1885), Evocações (1898), Faróis (1900) e Últimos Sonetos (1905).

 

Assessoria de Imprensa
Deputado Dirceu Dresch - PT/SC
(48) 99944 0190

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