Deputada Ada de Luca alerta para crimes contra a mulher no carnaval
Carnaval chegando e, com ele, o clima de que tudo é permitido. O que muitos não sabem é que é nesta época do ano que os números de denúncias no Ligue 180 aumentam consideravelmente e que muitas mulheres sofrem com a violência e o assédio sexual.
Pensando nisso, a presidente da bancada feminina da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, deputada Ada de Luca, vem desenvolvendo ações para frear a violência contra a mulher e faz um apelo neste carnaval. “O carnaval não é desculpa para sair agarrando as mulheres à força. Precisamos alertar que isso é crime. Denuncie! Ligue 180 e procure ajuda”.
Na última semana, a parlamentar protocolou o projeto de Lei 15.8/2019, que prevê que bares, restaurantes, casas noturnas e de eventos passem a adotar medidas de auxílio às mulheres que se sentirem em situação de risco. Os estabelecimentos deverão auxiliar a mulher no acompanhamento até o seu carro, outro meio de transporte, ou, em caso mais graves, fazer a comunicação à polícia.
Para Ada, ainda há muito a se fazer. “A violência contra a mulher começa pelo assédio. Seja no trabalho, seja na escola, seja na rua, mas no carnaval, ele passa despercebido e isso é inadmissível. Precisamos divulgar campanhas de conscientização e evitar que esses crimes aconteçam”, comentou.
O projeto, que está em tramitação nas comissões, também específica que os estabelecimentos ficarão responsáveis por fixar cartazes nos banheiros femininos ou em outro ambiente com fácil visibilidade, deixando as mulheres cientes da medida.
Números alarmantes
Se em Santa Catarina a média informada pela Secretaria de estado da Segurança Pública é que pelo menos um feminicídio por semana ocorra no estado, no restante do país a violência contra a mulher não é diferente.
Segundo a Agência Brasil, um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública estima que mais de 16 milhões de mulheres, cerca de 27,35% das brasileiras, sofreram algum tipo de violência durante o ano passado. De acordo com a pesquisa, 536 mulheres são agredidas por hora no país, sendo que 177 sofrem espancamento.
O assédio, que conforme a pesquisa atingiu 37% das mulheres, aparece em forma de cantadas ou comentários desrespeitosos em diversos ambientes. Em casas noturnas, 6,24% das mulheres disseram que foram abordadas de maneira agressiva, com alguém tocando seu corpo; 5,02% foram agarradas ou beijadas à força e 3,34% relataram tentativas de abuso por estarem embriagadas.
Ligue 180
A Central de Atendimento à Mulher registra casos de violações contra mulheres e os encaminha aos órgãos competentes, além de disseminar informações sobre seus direitos, dar amparo legal e oferecer a rede de atendimento e acolhimento.
Contra as mulheres, os registros vão de crimes de importunação sexual, assédio sexual, estupro, exploração sexual (prostituição) a estupro coletivo. Não fique calada! Denuncie!
Cláudia Búrigo de Menezes
Assessora de Imprensa
Deputada Ada Faraco De Luca
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