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06/03/2014 - 17h53min

Da tribuna Angela lembra conquistas das mulheres e alerta para necessidade de novas lutas

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Deputada Angela Albino (PCdoB)

Ao usar a tribuna da Assembleia legislativa para falara sobre o Dia Internacional da Mulher, a deputada Angela Albino (PCdoB) lembrou as conquistas obtidas pelas mulheres “Se hoje podemos exercer uma profissão, se podemos viajar, estudar e amar quem quisermos foi graças a luta das mulheres. Nada nos foi dado gratuitamente”.

A Deputada também alertou para a necessidade de se olhar para o futuro e para tudo o que ainda precisa ser alcançado. “Nós vivemos em um estado que possui a maior desigualdade salarial entre homens e mulheres, e onde as mulheres tem a pior representação política do País além de sermos o terceiro estado no país com o maior número de estupros”.

Angela Albino destacou ainda que é da Câmara de Vereadores da Capital catarinense a pior representação política feminina do país. “No país inteiro, na atual legislatura, temos duas capitais sem vereadoras eleitas: Palmas no Tocantins e Florianópolis. E na legislatura anterior foi ainda pior, pois existiam vereadoras em palmas, mas não aqui na câmara de Florianópolis”, revelou.

Leia os principais trechos:

Ocupo a tribuna hoje para lembrar que no próximo 8 de março estaremos comemorando o dia internacional de mulher. Data que para todas as mulheres é um dia essencialmente de luta. Um dia em que comemoramos as conquistas, mas também olhamos tudo o que temos a conquistar.

Nos chama a atenção saber que até o ano de 1957, no Brasil, as mulheres eram proibidas por lei a de jogar futebol. Exemplo serve para lembrar que todas as nossas conquistas só se tornaram realidade, só viraram lei, pois muitas mulheres lutaram por elas.

Se hoje eu posso estar aqui como mulher votando e sendo votada foi graças a luta de todas a mulheres. Se nós mulheres podemos exercer uma profissão, se podemos viajar, estudar e amar quem quisermos esse direito foi conquistado, não nos foi dado gratuitamente.

Digo isso porque muitas vezes as novas gerações não se dão conta de que ser feminista é resguardar esses direitos. E mais do que isso é honrar essas mulheres e também muitos homens que nos ajudaram nessa trajetória.

A essas mulheres toda a nossa homenagem neste dia 8 de março. Mulheres como Antonieta de Barros que, mulher e negra conseguiu um feito tão extraordinário, se eleger deputada, que até hoje não tivemos no parlamento catarinense outra pessoa negra eleita para titularidade de uma cadeira.

Ao mesmo tempo em que rendemos todas essas homenagens nós temos muito a conquistar, em particular aqui no estado de Santa Catarina que ainda tem muita a caminhar.

É aqui em Santa Catarina que as mulheres sofrem mais violência. Nós vivemos num estado que tem o terceiro maior índice de estupros do Brasil. Infelizmente assistimos a esse dado chocante, sem que o Governo do Estado tenha publicado uma linha se quer, e esperamos que faça isso até o 8 de março, dizendo quais são as ações com as quais pretende enfrentar essa violência conta as mulheres.

Santa Catarina foi o último estado na nação que finalmente instalou a Defensoria pública e só o fez porque o Supremo Tribunal Federal – STF assim determinou. A Defensoria Publica é uma grande ferramenta para as mulheres contra a violência. Tanto que a Lei Maria da penha prevê em seis artigos diferentes a existência da Defensoria Pública para que as mulheres tenham de fato um amparo para viver sem violência.

Nosso Estado possui a maior desigualdade salarial entre homens e mulheres. E é aqui onde as mulheres tem a pior representação política do país. Vou pegar o exemplo da capital catarinense. Eu fui vereadora no período entre 2005 a 2009 e fui a última mulher eleita para o parlamento municipal. Depois nós tivemos a Janete Teixeira que, como suplente exerceu a função por dois meses.

No país inteiro, na atual legislatura, nós temos duas capitais que não possuem vereadoras eleitas. Palmas no Tocantins e Florianópolis. E na legislatura anterior existiam vereadoras em palmas, mas não aqui na câmara de vereadores de Florianópolis. Em quase 300 anos de existência do parlamento municipal eu fui apenas a 7ª mulher a exercer a titularidade de uma função de vereança.

E hoje, teremos a posse da minha companheira de partido a Beatriz Cardoso na Câmara da Capital. Para nós não é uma questão individual, não é só ela que está tomando posse como vereadora. O evento tem um caráter muito simbólico para o empoderamento feminino. Nessa data que é marcada pelas comemorações e que é também uma data de luta, empossar uma mulher na câmara dos vereadores da capital dos catarinenses para nós tem um significado muito importante.

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