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06/03/2018 - 17h36min

Críticas ao modelo de combate à violência marcam Sessão Especial na Alesc

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coordenador estadual da Pastoral Carcerária da Regional Sul 4 da CNBB, padre Almir José Ramos

A Sessão Especial que debateu, na noite de segunda-feira (5), o tema da Campanha da Fraternidade (CF) 2018 – Fraternidade e Superação da Violência –, foi marcada por duras críticas ao modelo de combate à violência no País, focado nas consequências e não nas causas dos problemas. O evento reuniu autoridades ligadas à Regional Sul 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pesquisadores, representantes de comunidades e pessoas e entidades homenageadas por atuarem no combate à violência e na promoção de uma cultura de paz.

O deputado Padre Pedro Baldissera, que propôs a realização da Sessão, questionou as políticas de combate à violência a partir do Estado. “Vamos alimentar um Estado de bem-estar social ou um Estado policial e penal. Esse é um questionamento necessário”, afirmou o parlamentar. Padre Pedro ainda destacou a coragem da CNBB em abordar o tema a partir das raízes da violência.

"A falta de comida no prato de milhões de brasileiros é uma violência gigantesca, assim como a violência cotidiana nas cidades. Quando não fazemos o debate da igualdade e o respeito entre homens e mulheres, nós estamos alimentando a violência doméstica. Quando não fazemos a reforma agrária, estamos incentivando a violência no campo. Quando não garantimos respeito aos povos originários, estamos permitindo que milhares de índios, em todo País, paguem com sua vida o preço de um progresso que nos leva a mais violência. Enquanto combatermos os sintomas, continuaremos vivendo a doença da violência", disse.

O coordenador estadual da Pastoral Carcerária da Regional Sul 4 da CNBB, padre Almir José Ramos, questionou a associação feita pelas forças de segurança de segurança do Estado, entre violência e favelas/presídios. “Estes espaços são mais caracterizados pela discriminação e exclusão, que vêm da própria sociedade. A própria mídia colabora, porque define o tráfico de drogas como principal fonte dos homicídios, quando os próprios inquéritos policiais apontam que a maioria dos casos tem motivações corriqueiras, como ciúmes, desentendimentos no trânsito ou brigas entre vizinhos”, avaliou.

Ramos apontou que é preciso “enfrentar não só as violências diretas, mas as violências estruturais e culturais”, com investimentos em educação, saúde e políticas sociais. “Um sinal claro são as reformas propostas, que favorecem o mercado ao invés das pessoas”, disse o coordenador da Pastoral Carcerária.

Para o presidente da Regional Sul 4 da CNBB, Dom João Francisco Salm, que também é bispo da Diocese de Tubarão, o combate à violência depende da atuação conjunta de poderes públicos e sociedade. “Juntemos todos nós forças para gerar processos que possibilitem superar a violência e que promovam um mundo melhor, uma sociedade justa e fraterna”, afirmou.

Homenagem
A Sessão também marcou a entrega de placas e certificados a pessoas e entidades que contribuem para o combate a diversas formas de violência e a promoção de uma cultura de paz. Veja a lista dos homenageados e homenageadas:

  • Dom João Francisco Salm, bispo da Diocese de Tubarão e presidente da CNBB Regional Sul 4;
  • Dom Wilson Tadeu Jönck, arcebispo da Arquidiocese de Florianópolis;
  • Dom Francisco Carlos Bach, bispo da Diocese de Joinville;
  • Dom Severino Clasen, bispo da Diocese de Caçador;
  • Dom Odelir José Magri, bispo da Diocese de Chapecó;
  • Dom Rafael Biernaski, bispo da Diocese de Blumenau;
  • Dom Mário Marquez, bispo da Diocese de Joaçaba;
  • Dom Nelson Westrupp, administrador apostólico da Diocese de Lages;
  • Dom Onécimo Alberton, bispo da Diocese de Rio do Sul;
  • Dom Jacinto Inácio Flach, bispo da Diocese de Criciúma;
  • Rede Marista Marista de Solidariedade;
  • Pastoral Carcerária da Regional Sul 4;
  • Rede de Desenvolvimento Comunitário Casa de Gente;
  • Associação Vida Nueva;
  • Movimento Nacional de Direitos Humanos-SC;
  • Pastoral da Juventude da Regional Sul 4;
  • Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar (Fetraf-SC);
  • Pastoral do Migrante da Arquidiocese de Florianópolis;
  • Instituto Catarinense de Juventude;
  • Marcha Mundial de Mulheres;
  • Cooperativa Comunicacional Sul – Desacato;
  • Pró Comitê de Combate e Prevenção à Tortura;
  • União de Negros pela Igualdade (Unegro);
  • Comissão Indígena Guarani Nhemonguethá;
  • Instituto Vilson Groh;
  • Central de Penas e Medidas Alternativas;
  • Irmãs da Fraternidade e Esperança de Santa Catarina;
  • Instituto Arco Íris;
  • Fazenda da Esperança Santa Paulina;
  • Associação Catarinense de Conselheiros Titulares (ACCT)
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