Coruja dá a sua opinião sobre a PEC 241
Ao analisar a proposta de emenda constitucional que cria um teto para os gastos públicos, a PEC 241, o deputado Fernando Coruja (PMDB) concorda que "há necessidade de o poder público controlar os gastos, mas a PEC 241 limita por um prazo longo, 20 anos. E ela corta de forma uniforme e ao fazer isso há uma preocupação de que os gastos com saúde e educação serão diminuídos, atingindo a população mais pobre”. O texto da emenda, que tramita atualmente na Câmara Federal, precisa ser aprovado em uma segunda votação e mais duas no Senado e, segundo especialistas, também tem potencial para afetar a regra de reajuste do salário mínimo oficial.
Coruja lembrou que em cada plano econômico colocado em prática no Brasil, quem paga a conta são os mais pobres "que pagam pelos tributos e pelo que faz a igualdade de uma sociedade: a saúde e a educação". O deputado defende o investimento contínuo nas pessoas, por meio da saúde e da educação, incluindo os cuidados na primeira infância. Para Coruja, "sustentável é o investimento nas pessoas - na saúde e na educação, para que adquiram a estrutura necessária para vencer as dificuldades que surgem com as marolas da economia".
O representante de Lages cobrou mais discussão e citou um comentário do técnico de futebol Joel Santana, para ilustrar o que ocorre em relação ao assunto. “O raciocínio é simples: ele estava em um jogo, no comando, e o auxiliar falou ‘tem de botar o fulano para jogar’. ‘Tô sabendo – respondeu Joel – mas sabe por que eu não coloco? Porque tenho de saber quem vou tirar'”, contou Coruja, referindo-se ao fato de que um teto nos gastos implicará em cortes e, consequentemente, em definições de prioridades.