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10/12/2019 - 13h12min

Altair Silva apresenta emenda para vender sorvete especial em farmácias

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Deputado Altair Silva

Enfrentar o câncer não é uma tarefa fácil, principalmente pelo tratamento intensivo, conhecido como quimioterapia. Nesse processo, a maior parte dos pacientes tem dificuldade para se alimentar, devido aos efeitos colaterais. Pensando em minimizar o sofrimento, o deputado Altair Silva (PP) apresentou uma emenda aditiva ao Projeto de Lei 146/2019, para permitir a venda de um sorvete especial nas farmácias de Santa Catarina.

A sobremesa foi desenvolvida por pesquisadores do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC) e ajuda a driblar os enjoos. “É um sorvete que alivia e ainda funciona como suplemento, atendendo todas as necessidades nutricionais dos pacientes. Dos relatos que recebemos, os alimentos gelados estão entre os preferidos por quem passa pela quimioterapia”, comentou Altair.

Os pacientes em tratamento sentem náuseas, vômitos, feridas na boca, aftas, mucosite (lesões na mucosa) e a sensação de boca seca. Para aliviar, tem preferência por frutas, sucos e alimentos gelados. Assim, tem-se buscado alternativas alimentares que utilizam a crioterapia, que nada mais é do que o consumo de gelo ou alimentos gelados na conduta terapêutica.

O sorvete foi testado como sobremesa após o almoço e o jantar de pacientes internados para tratamento de câncer no Hospital Universitário da UFSC, e por meio de uma parceria com a indústria catarinense YPY Sorvetes Premium, de Florianópolis, o produto está sendo desenvolvido em escala comercial em três sabores: chocolate, morango e limão siciliano. O sorvete é fonte de proteína e fibra, tem baixo teor de gordura e é isento de lactose.

"Sorvete é uma sobremesa que todo mundo gosta, muito apreciado. Por isso, acreditamos que se vendido em farmácia, ele representa uma possibilidade terapêutica promissora na recuperação dos pacientes em tratamento”, ressaltou Altair.

Em matéria publicada pelo site BBC News em 16 de outubro de 2018, a nutricionista Paloma Mannes, especialista em Saúde com Ênfase em Alta Complexidade, explica que o principal objetivo da criação desse produto foi proporcionar aos pacientes o consumo de um alimento saboroso e nutritivo. “Ele tem alta densidade energética e queríamos que fosse fonte de fibras e proteínas, mas também saboroso, considerando que durante o tratamento o paladar encontra-se alterado e são inúmeras as queixas de falta de apetite. A intenção maior sempre foi um tratamento mais humanizado” explica Paloma, que desenvolveu o produto durante o seu Trabalho de Conclusão de Residência (TCR) no Hospital Universitário da UFSC.

Ainda conforme publicado na matéria e de acordo com a professora Francilene Graciele Kunradi Vieira, do Departamento de Nutrição da UFSC, a aceitação teve uma variação de 77% a 98%. "Esse resultado mostrou uma possibilidade terapêutica promissora na prevenção e recuperação do estado nutricional de indivíduos doentes", frisou a coordenadora da pesquisa.

Sorvete
A princípio, a equipe pensou em fazer geladinhos caseiros, mas depois desenvolveu o sorvete, que leva fruta e outros ingredientes, como Whey protein isolado e fibra. Ele tem ainda azeite de oliva desodorizado e é sem glúten e lactose.

O trabalho
A pesquisa foi coordenada pela professora Francilene Kunradi Vieira, do Departamento de Nutrição da UFSC, e teve à frente a nutricionista Paloma Mannes, residente em Alta Complexidade do Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde do HU, e a nutricionista da unidade de oncohematologia Akemi Arenas Kami, que realizaram a introdução do complemento na dieta dos pacientes. A pesquisa contou ainda com o apoio das equipes de nutricionistas e oncohematologia do hospital.

As discussões sobre o desenvolvimento e análises de aceitação sensorial duraram cerca de um ano, e iniciaram após determinação dos ingredientes e suas quantidades. Dois grupos de provadores, um deles formado por 30 pacientes com câncer em quimioterapia, e o outro grupo composto por 108 consumidores saudáveis, provaram uma amostra dos três sabores. Todos atribuíram uma nota de 1 a 7 pontos para cada um. As notas acima de cinco já indicavam a aceitação. Para que fosse aprovado, era necessário que pelo menos 75% dos participantes dessem notas acima de cinco para cada uma das amostras, e foi o que aconteceu, registrando uma média que variou de 77% a 98% de aceitação.

Empresa
A empresa é referência em inovação e saúde no segmento de gelados, por não incluir gordura trans e glúten em nenhum dos itens que produz e ainda contar com uma linha dedicada a quem tem restrição à lactose.

Futuro
A ideia é levar esse complemento alimentar para todos os pacientes internados ou em tratamento domiciliar que tenham necessidades nutricionais que requeiram aumentar o valor calórico e proteico na dieta. Tem a vantagem por ser um alimento que faz parte do repertório alimentar das pessoas em todas as faixas etárias, é nutritivo e saudável, além de respeitar os hábitos alimentares dos indivíduos já tão fragilizados, tanto do ponto de vista biológico como emocional.

“Acreditamos que este complemento poderá ser usado também por pacientes com outros tipos de câncer, com distúrbios neurológicos, pacientes pós-trauma bucomaxilo, entre outras situações como idosos que não têm vontade de se alimentar”, acredita a professora Francilene.

O diretor de Desenvolvimento de Projetos da YPY, Marcelo Baracuhy, ressaltou que o produto está nas principais redes de supermercados, e na farmácia, por uma questão de legislação, ainda não é possível vender sorvete.  Por enquanto, o Complemento Alimentar da YPY, pode ser adquirido apenas junto à fábrica, por essa razão a emenda foi apresenta, alterando a lei 16.473, de 2014, conhecida como a Lei das Farmácias.

Acesse a matéria produzida pela BBC News: http://bit.ly/MateriaBBCNews

Acesse a emenda: http://bit.ly/EmendaAltairSilva

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Altair Silva
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