Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Revista Digital

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
Publicado em 02/05/2017

Os clientes do salão Bella Star se transformaram em amigos

Imprimir Enviar
Emanuele e Judite, filha e mãe, em frente ao salão e à residência da família

Desde 1996, o salão Star Bella, situado no bairro Primo Tacca, tem clientes fiéis. Após o tornado de 20 de abril de 2015, vários se tornaram mais que clientes: viraram amigos da proprietária, Judite Armênio. Foram eles que a ajudaram a reconstruir o estabelecimento destruído pelos ventos.

“É muito bom ter amigos. Deles veio a maior parte da ajuda [para a reconstrução]. Numa tragédia a gente vê importância dos amigos. Muitos clientes que não eu sabia que eram meus amigos e me ajudaram. Quem não tem amigos, tente fazer. Os de verdade estarão presentes nas horas mais difíceis”, afirma Judite.

O salão de beleza funciona anexo à residência onde ela mora com a filha e o marido. A casa também foi destruída. Além dos amigos/clientes, Igreja Batista Independente, clubes de serviço, prefeitura e Adhonep (Associação dos Homens de Negócio do Evangelho Pleno) ajudaram a família a se reerguer.

“Nós tínhamos um bom padrão de vida, mas, de uma hora para toda, perdemos tudo, inclusive o salão. Um dia antes do tornado, a gente tinha ido almoçar no melhor restaurante da cidade. No dia seguinte, a gente não tinha onde morar, nem o que comer”, relembra.

ÁUDIO: Ouça a reportagem da Rádio AL sobre a recuperação de Xanxerê

ASSISTA: TVAL produz reportagem sobre os dois anos do tornado

Mesmo com as várias ajudas, Judite e a família se endividaram com a reconstrução. Além dos móveis, roupas, eletrodomésticos e do salão, dois carros e uma moto se perderam na tragédia. Mas isso não parece ser problema.

“O que a gente tem é um sentimento de agradecimento. Quando a gente olha e vê dois anos atrás, vê que a gente está bem. Ainda se recuperando, mas estamos vivos e bem. Aqui na minha rua, teve gente que morreu”, diz Judite, lembrando que um vizinho e o filho dele tiveram as vidas ceifadas no tornado.

Mais tempo para a vida
A tragédia também mudou a forma da família encarar a vida. Se antes a rotina era mais corrida, quase não havia tempo para se divertir, agora, ter tempo para aproveitar os momentos com familiares e amigos passou a ser uma constante.

“Eu desacelerei. Percebi que a vida é muito curta. A gente aproveita mais o dia a dia, para para almoçar, dá mais atenção aos amigos. Dou mais tempo para a vida, dou mais valor ao tempo”, comenta Judite.

A filha dela, Emanuele Armênio, concorda. “A gente vê a vida de uma forma diferente, aproveita mais”, diz. Ela estava em casa na hora do tornado. Sua descrição sobre o ocorrido impressiona (assista no vídeo abaixo).

Voltar