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Publicado em 04/07/2019

A importância da agricultura familiar e da economia solidária

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Deputada Luciane Carminatti no relançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Economia Solidária no dia 2 de julho

O cooperativismo catarinense não fica restrito aos números expressivos obtidos pelos associados à Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc). Empreendimentos ligados à economia solidária e à agricultura familiar também desempenham um papel importante, com impactos sociais que são, muitas vezes, mais expressivos que os resultados financeiros obtidos.

Em Santa Catarina, esses empreendimentos são representados pela União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes-SC), com sede em Chapecó, no Oeste do estado. Segundo seu presidente, Genes da Fonseca Rosa, são 118 associados nos ramos de crédito, habitação, comércio, produção e assistência técnica, envolvendo aproximadamente 120 mil famílias catarinenses. “Nosso foco é nas cooperativas pequenas, de 50 a 100 cooperados, em média”, explica Rosa.

O objetivo principal da entidade, conforme seu dirigente, é auxiliar os associados na gestão.  “As cooperativas pequenas, em geral, têm dificuldades, principalmente na parte da gestão. Nosso trabalho principal é fazer com que elas entendam o que é cooperativismo. Esclarecer que elas não são empresas. Que os diretores estão lá para fazer a gestão, com base no que os cooperados querem.”

A Unicafes, segundo Rosa, também atua para dar visibilidade e ser um instrumento de representação dos interesses das suas cooperativas afiliadas. “O cooperado tem que se sentir bem, tem que sentir que está melhorando de vida, que está melhorando a produção”, disse. “Não adianta nada a cooperativa ter uma sede grande, bonita, pagar bons salários aos diretores, se o cooperado acha que a vida dele não está boa.”

No caso das cooperativas de produção, a entidade estimula os agricultores familiares a industrializarem seus produtos, para agregar valor à produção e aumentar a renda no campo. Santa Catarina conta com várias cooperativas deste tipo que se transformaram em pequenas agroindústrias, cuja produção é vendida para todo o país.

Crédito solidário
A Cresol é uma das principais afiliadas da Unicafes em Santa Catarina. Com 47 unidades de atendimento no estado, esse sistema de cooperativa de crédito surgiu nos anos 1990 com a proposta de oferecer recursos para os pequenos agricultores, dentro da proposta de crédito solidário. Atualmente, com a possibilidade da livre admissão, atua também como instituição bancária, oferecendo serviços que são encontrados nos bancos convencionais.

“A Cresol nasceu no campo, por conta principalmente das dificuldades que os pequenos produtores, em especial aqueles ligados à reforma agrária, tinham para ter acesso a crédito”, conta o diretor-executivo da Cresol Oeste Catarinense, Wagner Adriano Tartari. “Apesar de hoje sermos uma cooperativa de livre admissão, não perdemos o foco no crédito rural para os pequenos.”

Na Cresol Oeste Catarinense, segundo Tartari, são 8 mil associados em 13 cooperativas, com R$ 100 milhões repassados em crédito rural, outros R$ 50 milhões em crédito comercial e ativos que passam dos R$ 200 milhões.

Para o presidente da Cresol Oeste Catarinense, Gilmar Scatolin, a atuação da Cresol vai além dos benefícios para o pequeno agricultor. Ele acredita que os pequenos municípios do interior também são beneficiados.

“Em algumas localidades, somos a única instituição financeira presente. Com isso levamos recursos também para pequenos municípios que não são atendidos pelas instituições financeiras tradicionais”, comenta.

Frente na Alesc
A Assembleia Legislativa de Santa Catarina conta com uma frente parlamentar voltada à economia solidária. Coordenada pela deputada Luciane Carminatti (PT), a frente atua há seis anos e busca estimular o crescimento desta modalidade de empreendimento baseada na geração e distribuição de lucros de forma igualitária.

Uma das metas atuais do grupo é lutar pela regulamentação da Lei 17.702/2019, de autoria da deputada, que estabelece os princípios, diretrizes, objetivos e a composição da Política Estadual da Economia Solidária, bem como a criação do Sistema estadual e qualificação dos empreendimentos econômicos solidários no estado.

De acordo com o último levantamento realizado pelo Fórum Catarinense de Economia Solidária, que congrega 11 núcleos pelo estado, em 2011 Santa Catarina possuía em torno de 760 empreendimentos solidários, com cerca de 10 mil pessoas envolvidas.

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