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Publicado em 29/07/2021

Futuro preservado com as Guardiãs de Anita

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Boneca Anitinha é utilizada em escolas de Lalpara ensinar sobre a trajetória da heroína dos dois mundos

A história de Anita Garibaldi está sendo preservada e passada adiante por meio do projeto ‘Boneca Anitinha nas Escolas’, que tem o objetivo de explicar a trajetória da heroína dos dois mundos de maneira mais acessível aos estudantes do ensino fundamental, em Laguna. A iniciativa é do Departamento de Guardiãs de Anita, do Instituto CulturAnita, de Laguna, e já foi aplicada na escola estadual Comendador Rocha e na escola Chiquinha Gomes Carvalho, no Bairro Bananal, em Laguna.

A meta é que sejam alcançados os alunos do ensino fundamental (1° a 3° ano, e de 5° a 9° ano). Segundo o instituto, a intenção é que a história de Anita seja incluída no contexto de história local/regional do currículo escolar. O projeto do Instituto Anita Garibaldi através de visitas nas escolas e também de forma interdisciplinar promove e resgata os valores históricos e culturais da lagunense Ana Maria de Jesus Ribeiro, relata a diretora do Departamento de Guardiãs de Anita, Ivete Scopel. O grupo é formado por mulheres lagunenses das mais variadas profissões, sendo todas voluntárias, com uma diretoria administrativa.

Ela informa que outras prefeituras da região também estão interessadas em adotar o projeto “Boneca Aninha nas Escolas”. Os professores estão sendo capacitados para continuarem o projeto nas escolas após a primeira apresentação. A voluntária Andréia Noal, explica que são promovidas reuniões mensais para definir ações em prol da preservação da história da Anita Garibaldi e foi decidido contar a sua saga às crianças, com auxílio de uma boneca de pano “Anitinha” confeccionada por uma artesã lagunense. A boneca fica um dia na casa de cada criança, que depois tem que apresentar um trabalho sobre a saga da heroína.

“A Anita teve que lutar para conquistar tudo. Saiu daqui analfabeta e saiu letrada em várias línguas. Tudo encanta nas historias dela e me emociona muito contar a historia dela às crianças”, diz emocionada Andréia. “Todas gostam da história da cidade. Nem todas do grupo somos professoras e o que nos motiva é contar a história de como aconteceu realmente.” O grupo conta atualmente com dez voluntárias. 

Surpresa para Anita
Na escola Chiquinha Gomes Carvalho, no Bairro Bananal, onde foi apresentado o projeto, as Guardiãs foram surpreendidas com a apresentação de um boneco do Giuseppe Garibaldi. A professora Andréa Leonardo, disse que a ideia foi dos alunos e confeccionado pelos pais. “É um presente da escola”, complementa. Já a diretora Ivete Scopel e a voluntária Andréia Noal, informaram que a proposta será levada a uma reunião do Departamento para decidir se o Garibaldi será incluído ou não, já que a ideia é contar a historia de Anita. 

Para a professora Andréa Leonardo é importante o trabalho das Guardiãs da Anita para preservação da história e a correção e algumas informações erradas. “Na escola temos alguns livros, principalmente para os alunos de 3º e 4º anos, que estão com outras versões. Alguns dizem que Anita casou aos 15 anos, obrigada pelo seu pai, essa é uma versão errada da história. Hoje, ficamos sabendo que ela perdeu o pai aos 10 anos, casou com Manoel a pedido, quase obrigada pela sua mãe. Um fato da história que conhecemos graças as Guardiãs.” 

Na escola, as guardiãs, além da apresentação aos alunos plantaram a Rosa de Anita, uma flor híbrido-símbolo das comemorações do bicentenário do seu nascimento, que foi desenvolvida pelo botânico italiano Giulio Pantoli, que morreu em 2018. Ele usou como inspiração a figura de Anita Garibaldi. 

Emoção
A aluna Amanda Vacarios Vargas, 11 anos, foi à primeira sorteada da escola Chiquinha Gomes Carvalho para levar a boneca para casa e não escondia a emoção. ”Acho muito legal e muito importante conhecer a história da Anita. Sou gaúcha e me mudei esse ano para cidade. Achei muito bonita a historia. Vou contar a história para os pais. Ela é exemplo de ser guerreira e quero estudar bastante como ela.  Ela ajudou todo mundo, mas as pessoas não davam ouvido para ela.”

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